Covid: Brasil tem média de mortes abaixo de 1.600 pela 1ª vez desde março
O Brasil registrou hoje 2.127 novas mortes de covid-19, o maior número em uma semana. Ao todo, o país já registra 518.246 óbitos desde o início da pandemia. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Pela primeira vez desde o dia 9 de março, a média móvel de mortes ficou abaixo de 1.600. Foram 1.572 óbitos em média nos últimos sete dias —mesmo número de 9/3. Com isso, o país registra tendência de queda de -22% na comparação com a média de 14 dias atrás.
Devido a oscilações nos dados da covid-19 que ocorrem aos fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para a análise do comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de hoje é comparada com o índice de duas semanas atrás —período comum de manifestação da doença. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda, acima de 15% é aceleração e, entre os dois valores, indica estabilidade nas mortes.
Embora esteja em queda, o valor ainda é elevado. O índice segue acima de mil há 161 dias. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que a média móvel ficou acima deste patamar foi 31 dias.
O país já ultrapassou hoje os 18 milhões de diagnósticos de coronavírus. Foram registrados 47.038 novos casos desde as 20h de ontem, totalizando 18.559.164.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Sete estados reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas destes locais (1.708) representa mais do que a metade do total de mortes no país:
- São Paulo - 744
- Minas Gerais - 281
- Paraná - 201
- Rio de Janeiro - 133
- Goiás - 125
- Rio Grande do Sul - 118
- Bahia - 106
Ainda assim, nenhum estado registrou tendência de aceleração no dia de hoje. Quinze e o Distrito Federal tiveram tendência de queda enquanto 11 ficaram estáveis.
Das regiões, apenas o Sudeste teve tendência de estabilidade com -12%. Já Centro-Oeste (-16%), Nordeste (-27%), Norte (-26%) e Sul (-43%) tiveram queda.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
Espírito Santo: estável (-13%)
- Minas Gerais: queda (-19%)
- Rio de Janeiro: queda (-41%)
- São Paulo: estável (1%)
Região Norte
- Acre: queda (-85%)
- Amazonas: estável (-14%)
- Amapá: queda (-47%)
- Pará: queda (-26%)
- Rondônia: queda (-37%)
- Roraima: estável (4%)
- Tocantins: estável (5%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (9%)
- Bahia: queda (-23%)
- Ceará: queda (-35%)
- Maranhão: estável (-6%)
- Paraíba: queda (-42%)
- Pernambuco: queda (-39%)
- Piauí: estável (3%)
- Rio Grande do Norte: queda (-25%)
- Sergipe: queda (-41%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-24%)
- Goiás: estável (-15%)
- Mato Grosso: estável (-11%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-18%)
Região Sul
- Paraná: queda (-68%)
- Rio Grande do Sul: queda (-20%)
- Santa Catarina: estável (9%)
Dados do Ministério da Saúde
Hoje, o Ministério da Saúde informou que o Brasil registrou 2.081 novas mortes provocadas pela covid-19 entre ontem e hoje. Desde o começo da pandemia, houve 518.066 óbitos causados pela doença em todo o país.
Pelos dados do ministério, houve 43.836 casos confirmados de covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas, elevando o total de infectados para 18.557.141 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, 16.858.632 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.180.443 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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