Covid: Com 1.943 novas mortes, Brasil tem menor média de óbitos em 115 dias
O Brasil registrou 1.943 mortes de covid-19 nas últimas 24 horas, chegando a um total de 520.189 óbitos. Com isso, o país teve a menor média móvel de mortes dos últimos 115 dias. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Pelo quinto dia consecutivo, a média diária registrou tendência de queda de -24% na comparação com 14 dias atrás. Foram 1.558 óbitos em média nos últimos sete dias, o menor valor desde 8 de março, quando registrou 1.540 óbitos.
Apesar da queda, este índice continua alto e está acima de 1.000 há 162 dias. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que a média móvel ficou acima de mil foi 31 dias.
Devido a oscilações nos dados da covid-19 que ocorrem aos fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para a análise do comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de hoje é comparada com o índice de duas semanas atrás —período comum de manifestação da doença. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda, acima de 15% é aceleração e, entre os dois valores, indica estabilidade nas mortes.
Além disso, foram registrados 63.035 novos casos de infecção pelo coronavírus desde as 20h de ontem. O total de infecções desde o começo da pandemia chegou a 18.622.199.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Quatro estados reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas destes locais (1.322) representa mais do que a metade do total de mortes no país:
- São Paulo - 641
- Rio de Janeiro - 233
- Paraná - 231
- Minas Gerais - 217
Ainda assim, nenhum estado registrou tendência de aceleração no dia de hoje. Dezesseis estados e o Distrito Federal tiveram tendência de queda enquanto dez ficaram estáveis.
Das regiões, apenas o Sudeste teve tendência de estabilidade com -13%. Já Centro-Oeste (-16%), Nordeste (-30%), Norte (-27%) e Sul (-45%) tiveram queda.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
Espírito Santo: estável (-6%)
- Minas Gerais: queda (-18%)
- Rio de Janeiro: queda (-33%)
- São Paulo: estável (-5%)
Região Norte
- Acre: queda (-78%)
- Amazonas: estável (-11%)
- Amapá: queda (-49%)
- Pará: queda (-24%)
- Rondônia: queda (-50%)
- Roraima: estável (-8%)
- Tocantins: estável (7%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (9%)
- Bahia: queda (-22%)
- Ceará: queda (-45%)
- Maranhão: estável (-11%)
- Paraíba: queda (-42%)
- Pernambuco: queda (-41%)
- Piauí: estável (-7%)
- Rio Grande do Norte: queda (-20%)
- Sergipe: queda (-39%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-17%)
- Goiás: queda (-17%)
- Mato Grosso: estável (-7%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-21%)
Região Sul
- Paraná: queda (-66%)
- Rio Grande do Sul: queda (-21%)
- Santa Catarina: estável (3%)
Dados do Ministério da Saúde
Em boletim divulgado nesta quinta-feira (1º), o Ministério da Saúde informou que o Brasil reportou 2.029 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, a doença causou 520.095 óbitos no país desde o início da pandemia.
Pelos números da pasta, houve 65.163 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil entre ontem e hoje. Desde março de 2020, o total de infectados chegou a 18.622.304.
De acordo com o governo federal, 16.931.272 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.170.937 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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