Covid: Brasil tem 1.879 novas mortes e todas as regiões em queda
O Brasil registrou 1.879 mortes de covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos para 522.068 desde o início da pandemia. Todas as regiões do país registraram tendência de queda na média móvel, o que não ocorria desde maio. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Pelo terceiro dia consecutivo, a média móvel de mortes ficou abaixo de 1.600. Foram 1.542 óbitos em média nos últimos sete dias, indicando uma tendência de queda de -24% na variação com 14 dias atrás. Já são seis dias seguidos de queda nesse dado.
Além disso, as cinco regiões do país registraram tendência de queda hoje: Centro-Oeste (-16%), Nordeste (-31%), Norte (-23%), Sudeste (-17%) e Sul (-44%). O país não tinha queda em todas as regiões simultaneamente desde 13 de maio.
Devido a oscilações nos dados da covid-19 que ocorrem aos fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para a análise do comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de hoje é comparada com o índice de duas semanas atrás —período comum de manifestação da doença. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda, acima de 15% é aceleração e, entre os dois valores, indica estabilidade nas mortes.
Apesar da queda, este índice continua alto e está acima de 1.000 há 163 dias. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que a média móvel ficou acima de mil foi 31 dias.
Também foram registrados 64.186 novos casos de infecção pelo coronavírus desde as 20h de ontem. O total de infecções desde o começo da pandemia chegou a 18.686.385.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Quatro estados reportaram mais de cem mortes de covid-19 nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas destes locais (1.152) representa mais do que a metade do total de mortes no país:
- São Paulo - 599
- Minas Gerais - 195
- Paraná - 185
- Rio de Janeiro - 173
Ainda assim, nenhum estado registrou tendência de aceleração no dia de hoje. Dezesseis estados e o Distrito Federal tiveram tendência de queda enquanto dez ficaram estáveis.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
Espírito Santo: estável (-4%)
- Minas Gerais: queda (-22%)
- Rio de Janeiro: queda (-28%)
- São Paulo: estável (-13%)
Região Norte
- Acre: queda (-73%)
- Amazonas: estável (-15%)
- Amapá: queda (-41%)
- Pará: queda (-19%)
- Rondônia: queda (-44%)
- Roraima: estável (-0%)
- Tocantins: estável (4%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (8%)
- Bahia: queda (-22%)
- Ceará: queda (-49%)
- Maranhão: estável (-13%)
- Paraíba: queda (-39%)
- Pernambuco: queda (-36%)
- Piauí: estável (-15%)
- Rio Grande do Norte: queda (-23%)
- Sergipe: queda (-40%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-22%)
- Goiás: queda (-18%)
- Mato Grosso: estável (-7%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-16%)
Região Sul
- Paraná: queda (-60%)
- Rio Grande do Sul: queda (-22%)
- Santa Catarina: estável (-6%)
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil registrou 1.857 novas mortes provocadas pela covid-19 entre ontem e hoje. Desde o começo da pandemia, houve 521.952 óbitos causados pela doença em todo o país.
Pelos dados do ministério, houve 65.165 casos confirmados de covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas. O total de infectados subiu para 18.687.469 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, 16.989.351 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.176.166 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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