Covid: Com 776 novas mortes, Brasil tem média abaixo de 1.600 há 5 dias
O Brasil registrou hoje 776 novas mortes por covid-19, atingindo 524.475 óbitos no total desde o início da pandemia. Com isso, o país completa cinco dias com média móvel abaixo de 1.600. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Pelo oitavo dia consecutivo, a média móvel de mortes registrou queda. Foram 1.562 óbitos em média nos últimos sete dias, o que indica uma queda de -24% na comparação com 14 dias atrás. A última vez que o país teve quantos dias com média abaixo de 1.600 foi no início de março.
Devido a oscilações nos dados da covid-19 que ocorrem aos fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para a análise do comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de hoje é comparada com o índice de duas semanas atrás —período comum de manifestação da doença. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda, acima de 15% é aceleração e, entre os dois valores, indica estabilidade nas mortes.
Embora esteja em queda há uma semana, esse índice continua alto e está acima de 1.000 há 165 dias. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que a média móvel ficou acima de mil foi 31 dias.
Também foram registrados 25.794 novos casos de infecção pelo coronavírus desde as 20h de ontem. O total de infecções desde o começo da pandemia chegou a 18.766.280.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Pela terceira vez seguida, as cinco regiões do país registraram tendência de queda: Centro-Oeste (-19%), Nordeste (-32%), Norte (-24%), Sudeste (-17%) e Sul (-36%).
Além disso, 18 estados mais o Distrito Federal registraram tendência de queda. Outros sete tiveram estabilidade. Depois de quatro dias seguidos sem registrar estados com alta, o Acre teve aceleração de 23% em seus números.
Roraima não divulgou números de mortes até às 20 h de hoje, portanto, não foi considerado na contagem da média móvel.
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde informou neste domingo (4) que o Brasil reportou 830 novas mortes causadas pela covid-19 entre ontem e hoje. Desde o começo da pandemia, houve 524.417 óbitos provocados pela doença em todo o país.
Pelos dados do ministério, houve 27.783 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil nas últimas 24 horas. O total de infectados subiu para 18.769.808 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, 17.082.876 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.162.515 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
Espírito Santo: estável (-12%)
- Minas Gerais: queda (-17%)
- Rio de Janeiro: queda (-32%)
- São Paulo: estável (-12%)
Região Norte
- Acre: alta (23%)
- Amazonas: estável (-8%)
- Amapá: queda (-38%)
- Pará: queda (-30%)
- Rondônia: queda (-39%)
- Roraima: estável (0%) *O estado não registrou dados até às 20h de hoje, portanto a variação se refere aos números de ontem
- Tocantins: estável (0%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (0%)
- Bahia: queda (-20%)
- Ceará: queda (-56%)
- Maranhão: estável (-13%)
- Paraíba: queda (-42%)
- Pernambuco: queda (-24%)
- Piauí: queda (-32%)
- Rio Grande do Norte: queda (-27%)
- Sergipe: queda (-34%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-19%)
- Goiás: queda (-20%)
- Mato Grosso: estável (-15%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-22%)
Região Sul
- Paraná: queda (-47%)
- Rio Grande do Sul: queda (-21%)
- Santa Catarina: queda (-16%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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