O que é estenose diverticular do cólon, doença de papa Francisco
O papa Francisco foi internado neste domingo (4) para uma cirurgia no intestino grosso. Segundo a assessoria de imprensa do Vaticano, o procedimento será feito para tratar uma estenose diverticular sintomática do cólon.
O problema é consequência da doença diverticular do cólon, que é a formação de várias "bolsinhas" (divertículos) no intestino grosso. "Essas 'bolsinhas' podem sofrer inflamações frequentes —chamadas de diverticulite. Quando a diverticulite se resolve e melhora o processo de inflamação, ela forma pela cicatrização um estreitamento do intestino, levando à estenose", explica Suzete Notaroberto, médica pela PUC-Campinas, com residência em gastroenterologia pela Unesp de Botucatu.
Muitas vezes o paciente convive com a estenose, mas há casos em que é preciso operar porque o estreitamento dificulta muito a passagem e a pessoa corre o risco de obstrução intestinal. "No caso do papa, provavelmente eles vão tirar um pedaço do intestino que está estreitado", diz a médica.
Sintomas
Os sintomas da estenose vão desde dificuldade na evacuação, porque o intestino está estreito e as fezes não conseguem passar, até um quadro mais grave como a obstrução intestinal. O paciente pode conviver bem com a estenose sem precisar operar, mas quando começa a ter sintomas de dor abdominal, distensão abdominal, dificuldade na evacuação ou parada na evacuação das fezes, é preciso marcar uma cirurgia.
"Se não for resolvido a tempo, pode até evoluir para uma perfuração intestinal", diz Notaroberto. "Entretanto, quando a estenose ainda é pequena e as fezes ainda estão passando, é possível programar a cirurgia, como parece que foi o caso do papa".
Não existe uma causa definida para o problema, mas ele é muito comum em pessoas que são cronicamente constipadas, ou seja, o intestino tem um funcionamento irregular. Ele também costuma ser mais comum em idosos, por conta da própria degeneração muscular natural da idade.
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