Covid: Com 1.733 novas mortes, Brasil tem 2° dia com média abaixo de 1.500
O Brasil registrou hoje 1.733 mortes de covid-19. Com o número das últimas 24 horas, o país ultrapassou a marca de 530 mil óbitos pela doença, chegando a um total de 530.344. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Pelo segundo dia consecutivo, a média móvel de mortes ficou abaixo de 1.500. Hoje esse índice foi de 1.451, indicando uma queda de -20% na comparação com 14 dias atrás. Esse é o 12° dia seguido de queda.
Ainda assim, média móvel está acima de mil há 169 dias. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que a média móvel ficou acima de mil foi 31 dias.
Devido a oscilações nos dados da covid-19 que ocorrem aos fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para a análise do comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de hoje é comparada com o índice de duas semanas atrás —período comum de manifestação da doença. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda, acima de 15% é aceleração e, entre os dois valores, indica estabilidade nas mortes.
Desde as 20h de ontem também foram registrados 53.824 novos casos de infecção pelo coronavírus. O total de diagnósticos positivos desde o começo da pandemia se aproxima dos 19 milhões e chegou hoje a 18.962.786.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Acre não registrou mortes
Hoje, o estado do Acre não registrou nenhuma morte de covid-19. O mesmo havia acontecido com Roraima ontem e com Amazonas no dia anterior.
Por outro lado, quatro estados reportaram mais de cem mortes de covid-19 nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas destes locais (1.125) representa mais do que a metade do total de mortes no país:
- São Paulo - 543
- Minas Gerais - 218
- Paraná - 187
- Rio de Janeiro - 177
Acre e Paraná registraram tendência de alta na média móvel, com 150% e 54% respectivamente. Outros 17, além do Distrito Federal, tiveram queda, enquanto sete mantiveram estabilidade.
Das regiões, apenas Norte e Sul tiveram estabilidade de -15% e -9%, respectivamente. As demais mantiveram a tendência de queda que apresentam há vários dias: Centro-Oeste (-25%), Nordeste (-29%) e Sudeste (-23%).
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-9%)
- Minas Gerais: queda (-21%)
- Rio de Janeiro: queda (-27%)
- São Paulo: queda (-24%)
Região Norte
- Acre: alta (150%)
- Amazonas: queda (-25%)
- Amapá: estável (-14%)
- Pará: queda (-27%)
- Rondônia: estável (8%)
- Roraima: estável (-4%)
- Tocantins: queda (-28%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (-15%)
- Bahia: queda (-28%)
- Ceará: queda (-27%)
- Maranhão: queda (-20%)
- Paraíba: queda (-33%)
- Pernambuco: estável (-13%)
- Piauí: queda (-68%)
- Rio Grande do Norte: queda (-43%)
- Sergipe: queda (-45%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-34%)
- Goiás: queda (-32%)
- Mato Grosso: estável (-15%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-16%)
Região Sul
- Paraná: alta (54%)
- Rio Grande do Sul: queda (-23%)
- Santa Catarina: queda (-19%)
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil registrou 1.639 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, houve 530.179 óbitos provocados pela doença em todo o país.
Pelos dados do ministério, houve 53.725 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje. O total de infectados chegou a 18.962.762 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, 17.422.854 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.009.729 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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