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Estudo: 3ª dose pode ampliar em até 10 vezes eficácia da vacina, diz Pfizer

Vacinação com a vacina da Pfizer no Rio de Janeiro - JURANIR BADARÓ/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Vacinação com a vacina da Pfizer no Rio de Janeiro Imagem: JURANIR BADARÓ/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Colaboração para o VivaBem

08/07/2021 19h40

A aplicação de uma terceira dose da vacina da Pfizer pode aumentar de cinco a dez vezes os níveis de anticorpos contra a covid-19, informou a empresa hoje.

O dado é parte de um estudo sobre a possibilidade de uma dose de reforço, que teria aplicação seis meses após a segunda.

De acordo com a farmacêutica, a vacinação em Israel, realizada em massa na população, comprovou que a eficácia de proteção do imunizante começa a cair após seis meses do esquema vacinal completo.

"Embora a proteção contra a forma grave da doença manteve-se alta ao longo de seis meses, o declínio observado da eficácia contra a doença sintomática com o tempo e o surgimento contínuo de variantes são fatores-chave que nos levam a acreditar que uma dose de reforço provavelmente será necessária para manter os altos níveis de proteção", disse a Pfizer, em nota.

A empresa, que produz a vacina em parceria com a BioNTech, espera publicar "dados mais definitivos" em breve para submetê-los ao FDA, a agência americana de regulamentação de remédios, e solicitar autorização para a aplicação de uma dose de reforço a partir do mês que vem.

Variante delta

A propagação da variante delta em Israel é apontada pelo diretor científico da Pfizer, Mikael Dolsten, como uma das responsáveis pela queda de eficácia da vacina, causada causada em sua maioria por infecções em pessoas vacinadas entre janeiro e fevereiro. O Ministério da Saúde do país afirmou que a eficácia na prevenção de infecções e de quadros sintomáticos da doença caiu para 64% em junho.

"A vacina da Pfizer é altamente efetiva contra a variante Delta", disse Dolsten em entrevista. Porém, após seis meses, "provavelmente há o risco de reinfecção à medida que os anticorpos caem, como já era previsto", segundo o diretor científico.

Dolsten ressaltou que os dados de Israel e Reino Unido sugerem que, mesmo com os níveis de anticorpos em queda, a vacina continua com eficiência de 95% contra quadros graves da doença.

*Com informações da Reuters