Médica burla sistema e toma terceira dose de vacina contra a covid-19 no AC
Uma médica burlou o sistema de vacinação de Rio Branco, capital do Acre, para tomar uma terceira dose da vacina contra a covid-19. A informação foi confirmada pela Semsa (Secretaria Municipal de Saúde) da cidade.
De acordo com comunicado, a Vigilância Municipal de Rio Branco detectou a infração na terça-feira (6). A médica já havia recebido a primeira dose da vacina CoronaVac no dia 26 de janeiro, quando a campanha de vacinação focava em imunizar os profissionais de saúde. A segunda dose aconteceu no dia 24 de março.
"Sendo uma pessoa instruída sobre o perigo de fazer o cruzamento de vacinas sem estudos e sem recomendação do Ministério da Saúde, a profissional não poderia burlar o sistema para tomar uma terceira dose da vacina, agora da Janssen, sendo assim um péssimo exemplo para a sociedade", diz comunicado.
Ainda, segundo a Semsa, a infração deverá ser levada ao Ministério Público e aos órgãos de controle "para instaurar os devidos procedimentos legais, pois trata-se de crime contra o patrimônio publico e que coloca em risco a vida, já que não tem estudos que apontem nessa direção."
A secretaria informou que, além da médica em questão, outras duas pessoas foram identificadas tentando burlar a campanha de vacinação. Um caso foi registrado na Policlínica Barral y Barral e outra na URAP Eduardo Assmar. Os indivíduos foram identificados por meio de aplicativo e removidos das filas de vacinação.
Guarulhos processa veterinária
Um caso semelhante aconteceu na cidade de Guarulhos, em São Paulo. A médica veterinária Jussara Sonner publicou nas redes sociais uma foto afirmando ter furado a fila da vacina para se imunizar com uma terceira dose — desta vez, com a dose única da Janssen. Ela já havia recebido duas doses de outra vacina anteriormente.
Hoje, a prefeitura de Guarulhos afirmou que entrará com uma ação civil pública contra a veterinária.
Segundo o médico Alexandre Naime Barbosa, chefe do Departamento de Infectologia da Unesp, não existe efeito benéfico da revacinação dentro de um período de tempo tão curto.
"No momento em que ainda não vacinamos nem 40% da população com a primeira dose, uma pessoa fazer esse tipo de falcatrua é o cúmulo do egoísmo e da falta de empatia. Ela está tirando dose de gente que precisa e não está se beneficiando, não está mais protegida", afirma Barbosa.
Ainda, de acordo com o médico, que é do Comitê de Covid-19 da Associação Médica Brasileira e da Sociedade Brasileira de Infectologia, a possibilidade da revacinação com a terceira dose está em discussão, mas sob a condição única de que só deve acontecer depois que toda a população acima de 18 anos esteja imunizada.
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