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RJ, RS e mais: veja onde foi antecipada a aplicação da 2ª dose de vacina

Ao menos seis estados, além do DF, anteciparam a aplicação da segunda dose das vacinas AstraZeneca e/ou Pfizer - iStock
Ao menos seis estados, além do DF, anteciparam a aplicação da segunda dose das vacinas AstraZeneca e/ou Pfizer Imagem: iStock

Do VivaBem e colaboração para VivaBem*, em São Paulo

12/07/2021 14h11Atualizada em 12/07/2021 22h50

Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal anunciaram hoje a antecipação da aplicação da segunda dose da vacina contra covid-19.

O DF antecipou as vacinas da AstraZeneca/Oxford e Pfizer de 90 para 60 dias. O principal objetivo da medida, segundo governo local, é aumentar o número de pessoas totalmente imunizadas. Outros estados também já fizeram o mesmo nos últimos dias. (Veja a lista completa abaixo)

Ainda deve acontecer uma reunião entre as autoridades de saúde para discutir quais grupos prioritários serão incluídos nessa antecipação. Por isso, o governo do DF "solicita às pessoas que não procurem os postos de vacinação para buscar a antecipação enquanto não houver uma definição, que será amplamente divulgada para a imprensa, no site e nas redes sociais da Secretaria da Saúde".

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que fabrica a vacina AstraZeneca/Oxford no Brasil, estabelece prazo entre 30 e 90 dias para a aplicação da segunda dose. O Ministério da Saúde, por sua vez, ainda recomenda o prazo máximo de 90 dias.

Já para a vacina da Pfizer, o governo federal determinou prazo de 90 dias entre as duas doses, repetindo os passos do Reino Unido. Na bula do imunizante, entretanto, consta o período de 21 dias.

Além do DF, outros estados e municípios também já anteciparam a aplicação da segunda dose para acelerar a imunização da população. Veja onde também houve mudanças:

Espírito Santo

  • Segunda dose da AstraZeneca/Oxford antecipada

O governo do Espírito Santo recomenda que os profissionais de saúde anotem na carteirinha de vacinação da população o prazo de 12 semanas (84 dias), mas permite que a segunda dose seja antecipada e aplicada dez semanas após a primeira (70 dias).

"As vacinas devem ser aplicadas no menor espaço de tempo possível", defendeu o secretário de Saúde, Nésio Fernandes de Medeiros Júnior.

Maranhão

  • Segunda dose da AstraZeneca/Oxford antecipada

No Maranhão, a população está autorizada a tomar a segunda dose da AstraZeneca oito semanas após a primeira. A antecipação é válida para as cidades que receberam lotes com a validade curta.

Mato Grosso do Sul

  • Segundas doses da AstraZeneca/Oxford e da Pfizer antecipadas

Em Mato Grosso do Sul, o prazo entre a primeira e a segunda dose foi encurtado para oito semanas (56 dias) para as vacinas da AstraZeneca e da Pfizer. O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, explicou que o principal objetivo é evitar o atraso da segunda dose.

Ele também teme haver um desabastecimento da vacina da AstraZeneca nos próximos meses, e cobra mais orientações do Ministério da Saúde sobre o assunto. "Tudo o que a gente faz é baseado em estudos internacionais. Não temos uma orientação do governo federal. O Ministério da Saúde precisa se posicionar", disse.

Pernambuco

  • Segunda dose da AstraZeneca/Oxford antecipada

Em Pernambuco, foi autorizado que os municípios apliquem a segunda dose da vacina da AstraZeneca entre 60 e 90 dias após a primeira. Em boletim epidemiológico divulgado na semana passada, o governo disse que a discussão foi levantada após o Ministério da Saúde antecipar em quase um mês o envio de doses destinadas a completar o esquema.

O estado orienta que cada cidade organize o calendário de acordo com seu estoque. A capital Recife, por exemplo, reduziu o prazo entre doses para 60 dias.

Rio de Janeiro

  • Segunda dose da AstraZeneca/Oxford antecipada

O governo do Rio de Janeiro anunciou a antecipação do intervalo entre a primeira e segunda dose da vacina AstraZeneca/Oxford. Amanhã, saíra a publicação da decisão que reduz o tempo de 12 para oito semanas.

Uma das motivações para a mudança, tomada em acordo com representantes do Cosems (Conselho das Secretarias Municipais de Saúde), é a presença da variante delta, considerada mais contagiosa.
"A medida visa acelerar ainda mais o esquema vacinal, tendo em vista que os municípios já estão com estoque disponível do imunizante para a segunda dose", informou a secretaria.

Rio Grande do Sul

  • Segundas doses da AstraZeneca/Oxford e da Pfizer antecipadas
No Rio Grande do Sul, o intervalo entre doses foi diminuído de 12 para dez semanas para as vacinas da AstraZeneca/Oxford e da Pfizer. Segundo o governo local, a iniciativa é motivada pela suspeita de dois casos da variante delta (identificada pela primeira vez na Índia) no estado.
"Para essa cepa, é ainda mais necessário ter o esquema vacinal completo", explicou a diretora do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde, Ana Costa. "Temos um novo cenário em território gaúcho, com duas suspeitas dessa variante. Diminuímos o intervalo dentro da margem de segurança da efetividade da vacina, e acelerar a imunização completa da população com a dose 2".

Santa Catarina

  • Segunda dose da AstraZeneca/Oxford antecipada

Em Santa Catarina, o intervalo entre as doses da AstraZeneca foi encurtado para dez semanas.

"A gente esperava os três meses porque não tinha vacina suficiente e a eficácia era a mesma. Se tiver vacina disponível para reduzir o tempo de espera, faremos isso", anunciou Carlos Alberto Justo da Silva, secretário de Saúde de Florianópolis.

(*Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)