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Queiroga: Covaxin está vetada, e país vacinará todos adultos até fim do ano

Segundo ministro da Saúde, não seriam necessárias novas compras para concluir o PNI - Ueslei Marcelino/Reuters
Segundo ministro da Saúde, não seriam necessárias novas compras para concluir o PNI Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

Colaboração para o UOL

14/07/2021 15h50

Em audiência na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o Brasil já tem a quantidade suficiente de vacinas para imunizar completamente toda a população adulta contra a covid-19 até o fim do ano. Com isso, não seriam necessárias novas compras para incluir no PNI (Plano Nacional de Imunização).

"Já temos cerca de 600 milhões de doses de vacinas contratadas, e isso pode fazer com que tenhamos a certeza de que até o final do ano todos aqueles acima de 18 anos já terão recebidos as duas doses de vacina", falou. Por isso, adquirir doses da Covaxin ou da Sputnik V está fora de questão.

A compra da Covaxin, fabricada pela Bharat Biotech e negociada no Brasil pela Precisa Medicamentos, está sob suspeita de sobrepreço e suposta prevaricação por parte do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Essas hipóteses estão sendo tratadas na CPI da Covid, no MPF (Ministério Público Federal) e na PF (Polícia Federal).

"A vacina produzida pela Bharat Biotech, Covaxin, tem sido alvo de discussões. O Ministério da Saúde, através de sua Diretoria de Integridade, que é composta de integrantes da CGU (Controladoria-Geral da União) e da nossa assessoria jurídica, orientou a suspensão desse contrato por questão de conveniência e oportunidade", explicou.

O ministro reforçou que as vacinas sem aval da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) não estão sendo cogitadas para o PNI. No entanto, a Pfizer e a AstraZeneca conseguiram o registro definitivo no Brasil, e a segunda terá IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) produzido nacionalmente em breve.

"As duas, segundo análises econômicas, vão promover uma diminuição de despesas, em 5 anos, de cerca de R$ 150 bilhões por conta das análises de despesas eventuais com covid-19 e aquisição de vacinas", disse. O orçamento para o ministério e para o combate à pandemia foi um ponto levantado por Queiroga.

Precisamos que o governo federal atue em absoluta sintonia com o Congresso para que consigamos, em 2022, ter um orçamento compatível com a necessidade de enfrentamento de problemas sanitários, os da pandemia e os habituais.
Marcelo Queiroga

O ministro ressaltou a importância da vacinação no Brasil e disse que é "a esperança concreta contra o cenário pandêmico". Na audiência, Queiroga afirmou que o quadro atual da pandemia é melhor do que quando ele assumiu a pasta, há pouco mais de 100 dias. Apesar disso, ele falou que as medidas de segurança ainda são importantes e os número de óbitos e contágio estão longe do ideal.