Pesquisa: 75% dos municípios registraram caso de 'sommelier de vacina'
Quase 75% das cidades brasileiras já registraram casos dos chamados 'sommeliers de vacinas', concluiu um estudo feito pela CNM (Confederação Nacional de Municípios) divulgado hoje. O levantamento ouviu 2.826 prefeitos, o equivalente a 50,8% dos municípios do país.
Desses, 2.109 (74,6%) relataram pessoas que querem escolher a marca dos imunizantes contra covid-19. Em outros 687 (24,3%), não houve nenhum registro.
A pesquisa verificou ainda que a Coronavac, vacina do Instituto Butantan, é a mais recusada (50,6%) por essas pessoas. Em seguida, aparece a da AstraZeneca/Fiocruz (39,3%). A rejeição da Janssen e a da Pfizer ficou abaixo de 5%.
Apesar da quantidade significativa desse público, a maior parte dos municípios (47,2%) lida com esse comportamento informando que não é possível escolher e aplica o imunizante que está disponível no momento. Em outras cidades (19,3%), a pessoa perde a prioridade na campanha de vacinação.
Em 202 locais (7,1%), se pede para a pessoa retornar quando chegarem doses da vacina desejada e, em 12 (0,4%), se permite escolher a marca do imunizante.
Para combater a prática, várias cidades aprovaram leis que mandam os "sommeliers" para o fim da fila nas últimas semanas, incluindo capitais como Goiânia, João Pessoa e Recife.
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