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Casos da variante delta no Rio saltam de 7 para 23; estado chega a 74

Comércio na SAARA, no centro do Rio de Janeiro - Tânia Rêgo /Agência Brasil
Comércio na SAARA, no centro do Rio de Janeiro Imagem: Tânia Rêgo /Agência Brasil

Do VivaBem, em São Paulo

17/07/2021 16h05Atualizada em 17/07/2021 18h45

O secretário municipal de saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, confirmou hoje (17) que a cidade já registra 23 casos de pacientes diagnosticados com a variante delta da covid-19. Até a noite de ontem, o município havia identificado sete pacientes contaminados com a variante.

No estado, o total de casos da variante delta chegou a 74 hoje, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, distribuídos por 12 cidades. O governo fluminense afirma que 63 casos foram registrados hoje.

Os novos municípios com identificação de casos da variante delta são: Duque de Caxias, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Maricá, Mesquita, Niterói, Nova Iguaçu, Queimados. Já haviam sido identificados casos no Rio, Seropédica e São João de Meriti.

Transmissão comunitária na capital

Em entrevista à CNN Brasil, Soranz declarou que o aumento de casos mostra que já ocorre a transmissão comunitária da variante na capital do estado. Apesar disso, ele descarta, por enquanto, ampliar as medidas restritivas.

"Nesse momento não faz sentido aumentar as medidas restritivas por conta dessa variante. Até onde a gente sabe ela não ultrapassa as barreiras sanitárias, o uso de máscaras, o distanciamento, mas liga um alerta. Se houver aumento do número de casos, qualquer aumento da curva de transmissão, aí a gente vai ter de aumentar as medidas restritivas", afirmou ele.

Soranz recomenda que a população mantenha o uso de máscaras e respeite medidas de distanciamento para evitar o contágio pela nova variante. Ele declarou à emissora que o município pretende aumentar a testagem da população para monitorar a circulação da variante delta, principalmente diante de registros de quedas de casos e mortes com o avanço da vacinação.

"O que a gente não sabe é se de fato essa variante tem potencial menos agressivo que as demais. São casos mais jovens, justamente as pessoas que ainda não tomaram a primeira dose da vacina", relatou ele sobre o perfil dos pacientes contaminados.

O secretário fez um apelo para que a população não escolha a vacina na hora de se imunizar e que aceite as que estiverem disponíveis nos postos de saúde.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde também deu orientações no mesmo sentido.

"Independentemente da cepa do vírus ou linhagem, as medidas de prevenção e métodos de diagnóstico e tratamento da covid-19 seguem os mesmos. Sendo assim, não há alteração nas medidas sanitárias já adotadas, como uso de máscaras e álcool em gel, lavagem das mãos e distanciamento social. Além disso, é importante que os municípios continuem avançando no processo de vacinação contra a Covid-19 e que a população retorne para receber a segunda dose. Estudos mostram que todas as vacinas disponíveis no Brasil são eficazes contra as variantes identificadas até o momento", diz o comunicado.