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Covid: Com 1.425 novos óbitos, Brasil tem média de mortes abaixo de 1.200

Média móvel vem caindo no Brasil desde o final de junho, mas está acima de mil há mais de seis meses - Buda Mendes/Getty Images
Média móvel vem caindo no Brasil desde o final de junho, mas está acima de mil há mais de seis meses Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Carolina Marins, Sara Baptista e Ricardo Espina

Do VivaBem, em São Paulo, e colaboração para o VivaBem, em São Paulo

20/07/2021 19h26Atualizada em 20/07/2021 20h39

O Brasil registrou hoje 1.425 novas mortes de covid-19, elevando o total para 544.302. Com isso, a média móvel de mortes ficou abaixo de 1.200. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, coletados junto às secretarias estaduais de saúde.

Morreram em média 1.197 pessoas nos últimos sete dias, o que indica uma tendência de queda de -19% em comparação com 14 dias atrás. Hoje o país completa 24 dias em queda, o maior período desde que o consórcio de imprensa faz os cálculos.

A média já havia ficado abaixo de 1.200 no último sábado, no entanto, o estado de São Paulo não havia enviado seus dados, impactando nos números do dia.

Considerando os dados completos de hoje, este é o menor índice desde 27 de fevereiro.

Média móvel 20/7 - UOL - UOL
Média móvel 20/7
Imagem: UOL

A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorre aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda, acima de 15% é aceleração e, entre esses dois valores, indica estabilidade.

O indicador vem caindo no Brasil desde o final de junho, mas ainda está em um patamar muito elevado. Já faz 181 dias —ou seja, mais de seis meses— que ela está acima de mil. Na chamada primeira onda, o máximo de tempo que a média ficou neste nível foi de 31 dias.

Nas últimas 24 horas também foram registrados 30.574 novos casos da doença. No total, já foram realizados 19.419.741 diagnósticos de coronavírus.

Três estados tiveram hoje mais de cem mortes entre ontem e hoje. São eles: São Paulo (590), Rio de Janeiro (120) e Goiás (112).

Dezoito estados apresentaram tendência de queda, enquanto outros seis ficaram estáveis. Amazonas, Distrito Federal e Goiás tiveram aceleração.

Das regiões, apenas o Centro-Oeste teve estabilidade (4%). As demais mantiveram a tendência de queda: Nordeste (-26%), Norte (-32%), Sudeste (-19%) e Sul (-21%).

Média móvel por estado 20/7 - UOL - UOL
Média móvel por estado 20/7
Imagem: UOL

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-33%)
  • Minas Gerais: queda (-23%)
  • Rio de Janeiro: estável (-11%)
  • São Paulo: queda (-19%)

Região Norte

  • Acre: queda (-57%)
  • Amazonas: alta (21%)
  • Amapá: queda (-58%)
  • Pará: queda (-29%)
  • Rondônia: queda (-77%)
  • Roraima: estável (13%)
  • Tocantins: estável (-2%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (-14%)
  • Bahia: queda (-18%)
  • Ceará: queda (-33%)
  • Maranhão: queda (-39%)
  • Paraíba: queda (-41%)
  • Pernambuco: queda (-24%)
  • Piauí: estável (-8%)
  • Rio Grande do Norte: estável (-7%)
  • Sergipe: queda (-49%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (18%)
  • Goiás: alta (49%)
  • Mato Grosso: queda (-30%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-26%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-17%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-29%)
  • Santa Catarina: queda (-23%)

Dados do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou hoje que o Brasil registrou 1.424 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença provocou 544.180 óbitos em todo o país.

Pelos dados divulgados pelo ministério, houve 27.592 testes positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje no Brasil. O total de infectados chegou a 19.419.437 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, 18.124.621 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 750.636 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.