Covid: Com 1.388 novas mortes, Brasil tem menor média desde fevereiro
O Brasil registrou 1.388 mortes de covid-19 nas últimas 24 horas, chegando a um total de 545.690 óbitos pela doença. Com isso, a média móvel de mortes foi a menor em quase cinco meses. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
A média móvel de mortes de hoje ficou em 1.170, a menor desde 26 de fevereiro —quando registrou 1.148 óbitos na média—, indicando uma queda de -19% na comparação com 14 dias atrás. No entanto, é importante destacar que o Rio Grande do Norte não divulgou os números de casos e mortes hoje.
Apesar dos 25 dias consecutivos com tendência de queda, a média móvel segue alta e está acima de mil há 182 dias. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que a média móvel ficou acima de mil foi 31 dias.
A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorre aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda, acima de 15% é aceleração e, entre esses dois valores, indica estabilidade.
Desde as 20h de ontem também foram registrados 54.748 novos casos de infecção pelo coronavírus. O total de diagnósticos positivos desde o começo da pandemia chegou hoje a 19.474.489.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Três estados registraram hoje mais de cem mortes de covid-19. Em São Paulo, foram 483 óbitos; em Minas Gerais, 208; e, no Rio de Janeiro, 151.
Ainda assim, 16 estados apresentaram tendência de queda na média móvel, enquanto oito e o Distrito Federal tiveram tendência de estabilidade. Apenas o Amazonas registrou alta.
Pelo segundo dia consecutivo, o Centro-Oeste foi a única região a apresentar estabilidade, com -12%. As demais mantiveram a tendência de queda: Nordeste (-26%), Norte (-18%), Sudeste (-16%) e Sul (-25%).
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-19%)
- Minas Gerais: queda (-22%)
- Rio de Janeiro: estável (-2%)
- São Paulo: queda (-17%)
Região Norte
- Acre: estável (0%)
- Amazonas: alta (17%)
- Amapá: queda (-50%)
- Pará: estável (-8%)
- Rondônia: queda (-66%)
- Roraima: estável (4%)
- Tocantins: estável (3%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (-13%)
- Bahia: queda (-18%)
- Ceará: queda (-39%)
- Maranhão: queda (-40%)
- Paraíba: queda (-37%)
- Pernambuco: queda (-21%)
- Piauí: estável (-13%)
- Rio Grande do Norte: estável (-7%) * O estado não registrou os dados até as 20h de hoje, portanto, a variação se refere aos números de ontem
- Sergipe: queda (-46%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (11%)
- Goiás: estável (1%)
- Mato Grosso: queda (-24%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-30%)
Região Sul
- Paraná: queda (-24%)
- Rio Grande do Sul: queda (-29%)
- Santa Catarina: queda (-25%)
Dados do Ministério da Saúde
Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde informou que o Brasil reportou 1.424 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, houve 545.604 óbitos causados pela doença em todo o país.
Pelos dados da pasta, houve 54.517 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 19.473.954 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, 18.206.173 pessoas se recuperaram da doença até aqui, com outras 722.177 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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