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Governador da Bahia critica vacina extra para fronteiras: 'discrimina o NE'

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), falou em "medidas judiciais" por causa de distribuição de vacinas  - Reprodução/Facebook
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), falou em "medidas judiciais" por causa de distribuição de vacinas Imagem: Reprodução/Facebook

Do VivaBem, no UOL

21/07/2021 12h01Atualizada em 21/07/2021 14h26

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), criticou hoje a decisão do Ministério da Saúde de distribuir doses extras para estados vacinarem contra covid-19 a população que mora em fronteiras com outros países. A iniciativa do ministério faz parte do plano de combate à disseminação de variantes do novo coronavírus.

Em mensagem no Twitter, Rui Costa disse que a medida "discrimina o Nordeste e a Bahia na distribuição de vacinas". O governador citou o alto número de aviões e navios que desembarcam no Brasil na região para argumentar sua posição e falou em "medidas judiciais".

"Manifesto indignação com mais uma decisão do Ministério da Saúde, que discrimina o Nordeste e a Bahia na distribuição de vacinas. Ontem informaram que alguns estados, que fazem divisa com outros países, receberão doses extras, com a justificativa de proteger da variante Delta", escreveu Rui Costa.

"Na prática, é diminuir ainda mais o volume de vacinas que vêm para a Bahia e para o Nordeste, que recebem aviões e navios de fora do País. Nós, governadores, não vamos aceitar esta decisão e vamos tomar medidas judiciais para dar um basta a esta perseguição", disse.

Ontem, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esteve em Foz do Iguaçu (PR) para aplicar doses de vacinas na população que mora na cidade que faz fronteira com Argentina e Paraguai.

Na última semana, além do Paraná, foram enviadas vacinas extras para o Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Rondônia para imunizar a população que mora em fronteiras secas.

Nesta semana, a iniciativa se estendeu para os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Roraima, Pará e Santa Catarina

Segundo o Ministério da Saúde, até o momento mais de 500 mil pessoas foram beneficiadas com a vacinação nas fronteiras.

"É uma estratégia para criar uma espécie de cordão epidemiológico, vacinando a população fronteiriça, para evitar que variantes que venham de outro país possam chegar aqui ao Brasil, e dando uma atenção especial às nossas fronteiras secas", disse Queiroga.

O UOL entrou em contato com o Ministério da Saúde e espera um posicionamento sobre as declarações de Rui Costa.