Com média de 1.168 mortes pela covid, Brasil se aproxima de 550 mil vítimas
O Brasil registrou hoje (24) uma média de 1.168 mortes pela covid-19, segundo dados das secretarias estaduais de saúde, obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. Com isso, o número total de pessoas que morreram pela covid-19 no país está se aproximando de 550 mil —549.500 até agora.
O momento atual é de estabilidade, com tendência de queda. Embora a média de mortes deste sábado esteja um pouco acima da registrada ontem (1.131), ainda representa menos da metade do pico da segunda onda da pandemia —mais de 3.000 por dia.
Por outro lado, o número de hoje ainda é muito alto. É maior do que a média de mortes no pico da primeira onda da covid-19 —1.097, em 25 de julho de 2020.
A média de mortes por dia é considerada a melhor forma de analisar a evolução da pandemia. Isso ocorre porque a média corrige as flutuações que ocorrem nos números aos fins de semana e feriados, quando os estados trabalham em esquema de plantão —ou seja, muitas mortes ocorridas nos fins de semana só entram na base de dados a partir de segunda-feira.
Entre ontem e hoje, por exemplo, foram inseridas no sistema 1.080 mortes pela covid-19.
Já o número de casos positivos registrados é de 19,7 milhões. Entre ontem e hoje, houve mais 36.629 casos positivos.
No Brasil como um todo, a média diária de mortes é 10% menor do que duas semanas antes. Isso é considerado um cenário de estabilidade, com tendência de queda.
O crescimento da vacinação é o principal responsável pela redução da curva de mortes no país —que chegou a ultrapassar uma média diária de 3.000 vítimas em abril. Por outro lado, o avanço da variante delta, mais contagiosa, é apontado como um sinal de alerta.
Em 14 estados do Brasil, o cenário é de queda. Em outros nove estados, há estabilidade. Já quatro estados estão vendo a média de mortes por covid-19 acelerar: Acre, Pernambuco, Amazonas e Goiás.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
A média de hoje é comparada com a de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-9%)
- Minas Gerais: queda (-22%)
- Rio de Janeiro: estável (8%)
- São Paulo: estável (14%)
Região Norte
- Acre: alta (43%)
- Amazonas: alta (20%)
- Amapá: queda (-43%)
- Pará: estável (14%)
- Rondônia: queda (-66%)
- Roraima: queda (-34%)
- Tocantins: estável (-15%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (-14%)
- Bahia: queda (-38%)
- Ceará: queda (-44%)
- Maranhão: queda (-30%)
- Paraíba: queda (-40%)
- Pernambuco: alta (24%)
- Piauí: estável (4%)
- Rio Grande do Norte: queda (-30%)
- Sergipe: queda (-38%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (8%)
- Goiás: alta (17%)
- Mato Grosso: estável (-5%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-18%)
Região Sul
- Paraná: queda (-44%)
- Rio Grande do Sul: queda (-18%)
- Santa Catarina: queda (-26%)
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil reportou 1.108 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença causou 549.448 óbitos em todo o país.
Pelos números do ministério, houve 38.091 testes positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 19.670.534 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, 18.340.760 pessoas se recuperaram da doença até agora, com outras 780.326 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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