Após suspensão, Anvisa cancela estudos da Covaxin no Brasil
A Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) decidiu cancelar os estudos clínicos da vacina Covaxin no Brasil, imunizante produzido pela farmacêutica indiana Bharat Biotech. A decisão foi publicada hoje no Diário Oficial da União.
Na sexta-feira, a Anvisa já havia anunciado a suspensão cautelar da pesquisa. A medida foi tomada após a farmacêutica indiana informar que a brasileira Precisa Medicamentos não estava mais autorizada a representá-la no país. Até então, a companhia indiana dizia que seguiria com a busca pela aprovação na Anvisa, mesmo após o fim do contrato com a Precisa.
Mas, para a Anvisa, a quebra do acordo tornou inviável cumprir a normativa sobre a condução dos estudos clínicos da vacina contra a covid-19.
Segundo a agência, nenhum brasileiro chegou a ser vacinado durante o período autorizado de estudo.
Interrupção
O cancelamento interrompe dois processos. O primeiro é o documento de abertura do ensaio, o DDCM (Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento), que havia sido solicitado pela Precisa.
O outro era requerimento do Hospital Albert Einstein, o DEEC (Dossiê Específico de Ensaio Clínico), que mediava o protocolo clínico da pesquisa.
Alvo da CPI
A compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde virou alvo de investigação da CPI da Covid. Há suspeitas de irregularidades no contrato, uma suposta prevaricação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e denúncias de superfaturamento.
Em relato à CPI da Covid, a diretora-executiva da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, não informou qual margem de lucro seria repassada à empresa brasileira com a aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin.
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