O que são esses caroços brancos, como grãos de areia, na minha vulva?
Resumo da notícia
- Os grânulos podem estar relacionados a diversos fatores, como cistos de retenção sebáceos, que são parecidos com as espinhas, ou pelos encravados
- Entretanto, existe a possibilidade de eles serem sintomas de alguma IST, como HPV
- É muito importante buscar ajuda de um ginecologista. Ele identificará o que está por trás do problema e indicará o melhor tratamento
Esses grânulos podem ser cistos de retenção (lesões nos tecidos do corpo que apresentam volume aumentado de líquidos, como água ou pus). O fato de a pele dessa região ter muitas glândulas sebáceas e concentração de pelos faz com que tenha mais esses tipos de cistos.
Além disso, a prática de depilação frequente, por exemplo, também proporciona mais aparecimento de pelos encravados e infecções de pele local. É importante evitar espremer as lesões em casa, pois essa técnica não provoca a sua eliminação e pode até aumentar o risco de infecção da pele.
Por outro lado, as bolinhas brancas podem se tratar de doenças com necessidade de tratamento específico, como verrugas vulvares causadas pelo HPV, além de outras manifestações de pele provocadas por outras IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis), como sífilis, herpes genital, cancro mole, clamídia, gonorreia, linfogranuloma venéreo, donovanose, tricomoníase, entre outras menos frequentes.
E não para por aí. Os grânulos na cor branca podem ser as chamadas glândulas de Bartholin, que em alguns casos podem inflamar e até infeccionar. Por fim, e muito mais raro, caroços na região genital podem estar relacionados a doenças autoimunes ou até do sistema linfático (gânglios). Diante de vários cenários, a avaliação pelo médico é de extrema importância.
A região genital da mulher tem características específicas que a torna suscetível a infecções. Afinal de contas, trata-se de uma transição entre pele e mucosa, que é quente e úmida, ou seja, o ambiente perfeito para a proliferação de micro-organismos. Por esse motivo é importante procurar um profissional da saúde para identificar se esses caroços são normais ou sinal de algo mais sério.
Fontes: Juliana Zanatta, ginecologista do Hospital Baía Sul, em Florianópolis (SC); Raquel Autran, médica da Divisão de Gestão do Cuidado da MEAC (Maternidade Escola Assis Chateaubriand), da UFC (Universidade Federal do Ceará), que faz parte da Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Tarsila Gasparotto, ginecologista e obstetra da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
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