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Vecina: Ao não seguir protocolos, as pessoas estão se entregando à covid-19

Do VivaBem, em São Paulo*

28/07/2021 10h45Atualizada em 28/07/2021 11h49

O médico sanitarista e ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) Gonzalo Vecina Neto disse hoje, durante o UOL News, que as pessoas estão "se entregando" para a covid-19 ao não seguir os protocolos sanitários de combate ao vírus.

O médico criticou ainda a decisão do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos de permitir que aqueles que completaram o ciclo de imunização não usassem máscaras. Esta semana, o órgão retrocedeu a medida e passou a exigir novamente que os norte-americanos voltem a usar o equipamento de segurança em locais públicos fechados em regiões onde o coronavírus, em especial a variante delta, está se espalhando rapidamente.

"Eu acredito que um pouco desse comportamento mais laxo, abandonado, as pessoas se entregando para a doença [colabora para o aumento do número de casos da covid-19]. Isso esta acontecendo no mundo inteiro. Nos Estados Unidos, por exemplo, o uso de máscaras voltou a se obrigatório, o que era natural. Foi um erro do CDC permitir que as pessoas não usassem mascara achando que voltamos ao velho normal, mas eles voltaram atrás."

O colunista do UOL ainda alertou que a variante delta, com alta transmissibilidade, está substituindo as demais cepas ao redor do mundo, inclusive no Brasil.

O mundo inteiro está preocupado porque a variante delta está sendo disseminada e ocupando o espaço das outras variantes. Isso está acontecendo aqui no Brasil também, mas como nós testamos pouco e sequenciamos menos ainda é óbvio que nós não vamos saber quando a variante delta ocupar todo o espaço da variante gamma."
Gonzalo Vecina Neto ao UOL News

Um balanço divulgado ontem pelo Ministério da Saúde informou que o número de casos da variante delta do novo coronavírus subiu para 169 em todo o território nacional. Na atualização divulgada na sexta-feira (23), o número estava em 143. Deste total, 13 pacientes tiveram quadro grave e morreram em decorrência da covid-19.

O local com mais registros até o momento foi o Rio de Janeiro, com 88 casos mapeados. O Distrito Federal teve um salto e assumiu o segundo lugar, com 30 casos, ante seis na sexta-feira.

Um dia após bater a marca de 550 mil mortes de covid-19, o Brasil registrou ontem mais 1.320 óbitos, elevando o total para 551.906. Ainda assim, a média móvel de mortes ficou abaixo de 1.100 pela primeira vez desde 23 de fevereiro. Já o número de casos subiu para 19.748.960. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, e foram obtidos junto às secretarias estaduais de saúde.