Covid: Média móvel de mortes fica abaixo de mil pela 1ª vez desde janeiro
Pela primeira vez desde janeiro, o Brasil registrou média móvel de menos de mil mortes provocadas pela covid-19. Com os 925 óbitos registrados nas últimas 24 horas, esse índice hoje foi de 991. No total, são 556.437 vítimas desde o início da pandemia. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, coletados junto às secretarias estaduais de saúde.
A média móvel calcula a média diária a partir dos óbitos registrados nos últimos sete dias. A última vez em que o Brasil tinha registrado esse índice abaixo de mil foi em 20 de janeiro, quando a média móvel foi de 983. Os números deste sábado apontam que o país está em tendência de queda de óbitos (-20%).
Foram 191 dias consecutivos com média móvel acima de mil. Na chamada primeira onda da pandemia no Brasil, o máximo de tempo que a média móvel ficou acima de mil foi 31 dias.
A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.
Também foram confirmados 35.541 novos casos da doença provocada pelo coronavírus em 24 horas. Desde o início da pandemia, já foram registrados 19.914.578 diagnósticos positivos da doença.
O estado de Rondônia, no entanto, não atualizou seus números de casos e mortes neste período.
Três estados tiveram mais de cem mortes desde as 20h de ontem. Foram eles: São Paulo (294), Rio de Janeiro (159) e Minas Gerais (115).
Quinze estados e o Distrito Federal registraram tendência de queda, enquanto dez tiveram estabilidade. O Rio de Janeiro teve aceleração.
Das regiões, quatro apresentaram queda: Nordeste (-28%), Norte (-19%), Sul (-24%) e Sudeste (-19%). O Centro-Oeste registrou estabilidade (-8%).
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (13%)
- Minas Gerais: estável (-10%)
- Rio de Janeiro: alta (18%)
- São Paulo: queda (-33%)
Região Norte
- Acre: queda (-73%)
- Amazonas: estável (-4%)
- Amapá: estável (14%)
- Pará: queda (-22%)
- Rondônia: queda (-21%)
- Roraima: estável (8%)
- Tocantins: queda (-32%)
- Alagoas: queda (-23%)
- Bahia: queda (-38%)
- Ceará: estável (8%)
- Maranhão: queda (-25%)
- Paraíba: queda (-27%)
- Pernambuco: estável (-14%)
- Piauí: estável (-9%)
- Rio Grande do Norte: queda (-54%)
- Sergipe: queda (-61%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-28%)
- Goiás: estável (1%)
- Mato Grosso: estável (-2%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-19%)
Região Sul
- Paraná: queda (-23%)
- Rio Grande do Sul: queda (-31%)
- Santa Catarina: queda (-18%)
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil registrou 910 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Segundo os registros do governo federal, a doença causou 556.370 óbitos em todos o país desde o começo da pandemia.
Os números do ministério indicam que houve 37.582 casos confirmados de covid-19 em todo o Brasil entre ontem e hoje, o que fez o total de infectados desde março de 2020 subir para 19.917.855.
Segundo o governo federal, 18.619.542 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 741.943 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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