Estudo encontra variantes genéticas associadas ao risco de diabetes tipo 1
Cientistas da Escola de Medicina e Centro de Genômica da Saúde Pública da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, realizaram o maior e mais diversificado estudo sobre variantes genéticas associadas ao diabetes tipo 1. Publicado no periódico científico Nature Genetics, ele abre as portas para o desenvolvimento de exames que estimariam o risco de uma pessoa manifestar essa doença, além de favorecer a busca por tratamentos personalizados.
O trabalho identificou o DNA de 61 427 indivíduos da Europa, África e Ásia. Essa diversidade é importante, porque cada população carrega informações genéticas únicas.
Os pesquisadores detectaram, no total, 78 regiões nos cromossomos onde os genes que influenciam o risco de diabetes tipo 1 estão localizados. Destas, 36 eram desconhecidas até então.
Com essa pluralidade de conhecimento, os especialistas esperam avançar em modelos que calculariam, ancorados na genética, o risco de uma criança manifestar o diabetes tipo 1. Esse conhecimento ajudaria os profissionais a, por exemplo, fazerem um acompanhamento mais próximo.
O mapeamento também facilita pesquisas com tratamentos. Isso porque permite a testagem de medicamentos já utilizados em outras enfermidades e que focam justamente nesses trechos do DNA associados também ao diabetes tipo 1.
Segundo os cientistas, o levantamento desvendou quase 90% do risco genético para o diabetes tipo 1.
A doença
O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que o sistema imunológico do corpo ataca as células produtoras de insulina no pâncreas. O hormônio é responsável por transferir a glicose do sangue para o interior das células, que a transforma em energia. Sem ele, o paciente perde massa corporal e vê a glicemia subir consideravelmente. O diabetes não tem cura, mas é possível fazer a reposição com injeções diárias.
A Federação Internacional de Diabetes estima que pelo menos 15 milhões de brasileiros convivam com algum tipo de diabetes. No mundo, são cerca de 500 milhões. Se não tratada adequadamente, a enfermidade aumenta o risco de problemas cardiovasculares e renais e pode provocar perda de visão, complicações na gravidez e até amputação dos membros inferiores.
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