Saúde diz que restringiu doses a SP para compensar excesso; estado nega
Representantes do Ministério da Saúde afirmaram hoje que o estado de São Paulo recebeu menos doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer porque em outras entregas retirou mais doses do que o previsto da CoronaVac. O estado, porém, disse que a afirmação é "mentirosa".
Segundo Rodrigo Cruz, secretário-executivo do Ministério da Saúde, e Rosana Leite de Melo, secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19, como o Instituto Butantan, que produz a CoronaVac, fica em São Paulo, o governo do estado pode retirar diretamente as doses de vacinas. Eles informaram, porém, que em duas ocasiões anteriores, São Paulo retirou, somadas, 151 mil doses a mais do que o previsto.
De acordo com eles, essa diferença pode ter acontecido por uma falha de comunicação e é por isso que desta vez está havendo uma compensação na entrega de doses ao estado.
Hoje, o governador João Doria (PSDB) acusou o Ministério da Saúde de enviar apenas 50% das doses de Pfizer que estavam previstas para ser entregues ontem. O mandatário paulista informou em coletiva de imprensa que São Paulo recebeu 228 mil doses a menos.
Doria atribuiu o fato a uma "perseguição" e acusou o governo federal de boicote. Para ele, isso se deve ao fato de São Paulo estar com a vacinação mais avançada.
Na coletiva desta tarde, os representantes da Saúde afastaram qualquer tipo de motivação política para a diferença no lote e relembraram que a distribuição das doses é acordada pelo PNI (Programa Nacional de Imunização) com estados e municípios em reuniões tripartites.
Em tréplica enviada por meio de nota à imprensa, o governo paulista rebateu as alegações e afirmou que é "mentirosa" a afirmação de que o estado ficou com mais doses de CoronaVac.
"O Governo do Estado de São Paulo reitera que está sendo penalizado pelo Ministério da Saúde pelo sucesso da sua campanha de vacinação", diz o comunicado, que completa dizendo que o governo tomará "todas as medidas cabíveis para que o direito dos seus cidadãos seja respeitado e a vida deles preservada".
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