Tontura e vertigem são disfunções do equilíbrio; veja quando procurar ajuda
Vertigem, desequilíbrio e tontura são sintomas comuns entre a sociedade. Segundo dados da Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, mais de 40% da população brasileira os têm, mas em menos da metade desses casos o atendimento médico é procurado. A origem dos sintomas pode estar relacionada não só ao sistema neurológico, mas também ao ouvido.
A principal faixa etária que procura os consultórios de otorrinolaringologia está acima dos 60 anos. "Nem todo mundo sabe a quem se direcionar quando tem esses sintomas" relata o médico Ítalo Roberto Torres de Medeiros, responsável pelo Ambulatório de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP, em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição. No caso da vertigem, ele menciona que é interessante procurar um otorrinolaringologista.
"Temos basicamente dois sintomas: a tontura e a vertigem. A vertigem é toda a tontura que tem o caráter de movimento, quando o paciente sente que está se mexendo; diferente da tontura, que é qualquer disfunção do equilíbrio", explica Medeiros. Hoje em dia, é comum que tanto a área da otorrinolaringologia quanto da neurologia podem tratar esses distúrbios do equilíbrio de maneira geral, mas é "quando essa tontura tem o caráter de movimento, como a vertigem, que se associa isso ao labirinto, que é a nossa orelha interna", demonstra Medeiros.
Sobre o momento de procura por um atendimento médico, Medeiros afirma: "Acho interessante toda vertigem e tontura, uma vez que não está melhorando, ser investigada". Um atendimento clínico é importante para fazer o diagnóstico do problema daquele paciente, uma vez que são vários os tipos de problema no aparelho auditivo. "Nem toda a tontura, nem toda vertigem são iguais, elas acontecem por problemas diferentes dentro do labirinto ou das vias vestibulares, que vão levar a informação do labirinto para o cérebro."
Quanto ao tratamento, Medeiros afirma que a duração vai de dois a seis meses de terapia. A prática consiste basicamente em reabilitar o equilíbrio do paciente e a sua dificuldade e vai aumentando gradativamente a cada sessão. Porém, quando o problema se relacionar à glicemia, o tratamento pode ser diferente.
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