EUA começarão a aplicar 3ª dose de vacina contra covid-19 em 20 de setembro
Os americanos que receberam as vacinas contra a covid-19 da Pfizer e da Moderna poderão receber uma terceira dose oito meses depois da segunda, a partir de 20 de setembro, informaram hoje autoridades sanitárias dos Estados Unidos, ressaltando que a eficácia da injeção diminui "com o tempo".
"Os dados disponíveis mostram claramente que a proteção contra a infecção por SARS-CoV-2 começa a declinar com o tempo, depois das primeiras doses da vacina", diz um comunicado conjunto de altos funcionários, entre eles a diretora dos CDCs (Centros de Prevenção e Controle de Doenças), Rochelle Walensky, e a diretora interina da agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), Janet Woodcock.
"Somado à prevalência da variante delta, estamos começando a ver evidências de uma proteção reduzida contra casos leves e moderados da doença", acrescentou.
De acordo com dados apresentados por Wolensky, a eficácia da vacina contra a infecções caiu de 92% sem a delta para 64% com a cepa delta.
"É fato de que a eficácia da vacina contra a infecção do Sars-CoV-2 diminui com o tempo, que continua alta contra casos graves da doença e que, em geral, diminui contra a variante delta", afirmou.
"Estamos prontos para oferecer doses de reforço para todos os americanos a partir da semana de 20 de setembro, a partir de oito meses após a segunda dose", afirma o comunicado, também assinado pelo assessor da Casa Branca para a pandemia, Anthony Fauci.
Essa decisão, no entanto, depende da autorização oficial de uma dose adicional dessas duas vacinas pela FDA e do Comitê Consultor sobre Práticas de Imunização (ACIP, na sigla em inglês).
Os primeiros a se beneficiarem desta dose de reforço serão as pessoas estabelecidas em "lares para idosos", "outras de idade avançada" e "muitos profissionais de saúde", que foram as primeiras categorias da população a serem vacinadas nos Estados Unidos.
As primeiras injeções da vacina foram administradas nos Estados Unidos em dezembro de 2020, quando os antivirais da Pfizer e da Moderna foram autorizados de urgência com apenas uma semana de diferença.
Uma dose de reforço também, "provavelmente, seja necessária" para as pessoas que receberam uma única injeção da vacina Johnson & Johnson, asseguraram autoridades de saúde.
Doação de vacinas para outros países
Mesmo com o fornecimento da terceira dose da vacina contra a covid-19 a seus cidadãos, os Estados Unidos continuarão com as doações de imunizantes a outros países, afirmou o cirurgião geral do país, Vivek Murthy. "Estamos cientes da nossa responsabilidade", afirmou durante entrevista coletiva..
De acordo com Anthony Fauci, mais de 115 milhões de doses de vacinas já foram enviadas a 80 países. "Enviamos mais do que qualquer outro país do mundo", disse o especialista.
A expectativa para os próximos meses é que 100 milhões de doses de reforços sejam administradas nos Estados Unidos e mais de 200 milhões de doses sejam enviadas a outros países, segundo o coordenador da força-tarefa da Casa Branca, Jeff Zients.
(*Com informações da AFP e Estadão Conteúdo)
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