Fiocruz indica possível alta de casos de síndrome respiratória grave
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) identificou um possível crescimento de casos da síndrome respiratória aguda grave em nível nacional. A doença está relacionada à covid e pode indicar maior transmissão do vírus. As informações constam na nova edição do boletim InfoGripe, divulgado hoje.
Segundo o estudo, quatro das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas). São eles: Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.
Agora, pesquisadores da Fiocruz pedem cautela aos estados que planejam flexibilizar as medidas sanitárias contra a covid.
[O indicador de transmissão comunitária] evidencia a necessidade de manutenção de medidas de mitigação da transmissão e proteção à vida."
Pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe
Apenas cinco estados apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo: Alagoas, Mato Grosso, Paraíba, Roraima e Tocantins. No caso de Mato Grosso, entretanto, a Fiocruz indica que há subnotificação de casos de síndrome respiratória grave.
Os dados são referentes ao período entre 8 e 14 de agosto e a análise é feita a partir de dados que foram inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe até 16 de agosto.
Entre as capitais, seis mostram tendência de crescimento ao longo prazo. É o caso de Curitiba (SC), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). No curto prazo, Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Natal (RN), Porto Velho (RO) e Teresina (PI) apresentam alta no número de casos de síndrome respiratória aguda grave.
"Nos estados em que temos sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo, deve-se interpretar como sinalização de possível interrupção de queda, com tendência de crescimento a ser reavaliada nas próximas semanas", ressaltou Gomes.
Todas as capitais encontram-se hoje em macrorregiões de saúde com nível alto ou superior:
Nível extremamente alto
- Belo Horizonte
- Brasília
- Campo Grande
- Curitiba
- Goiânia
- Rio de Janeiro
- São Paulo
Nível muito alto
- Florianópolis
- Macapá
- Porto Alegre
- Recife
- Teresina
Nível alto
- Aracaju
- Belém
- Boa Vista
- Cuiabá
- Fortaleza
- João Pessoa
- Maceió
- Manaus
- Natal
- Palmas
- Porto Velho
- Rio Branco
- Salvador
- São Luís
- Vitória
"Tal situação manterá o número de hospitalizações e óbitos em patamares altos, caso não haja nova mobilização por parte das autoridades e população locais", afirmou o pesquisador Marcelo Gomes.
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