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Queiroga diz que 3ª dose será prioritária a profissionais de saúde e idosos

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reforçou que a pasta tem como compromisso igualar a distribuição dos imunizantes - Pedro França/Agência Senado
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reforçou que a pasta tem como compromisso igualar a distribuição dos imunizantes Imagem: Pedro França/Agência Senado

Do VivaBem, em São Paulo

18/08/2021 11h14Atualizada em 18/08/2021 14h54

O Ministério da Saúde informou hoje que a pasta avalia a aplicação de uma dose de reforço dos imunizantes contra a covid-19 e que os profissionais de saúde e os idosos poderão fazer parte, mais uma vez, do grupo prioritário de vacinação desta terceira etapa.

O gestor da pasta, ministro Marcelo Queiroga, solicitou um estudo capaz de avaliar se a CoronaVac, imunizante desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac com o Instituto Butantan, precisará de uma terceira dose.

O pedido específico sobre a vacina ocorre porque outras farmacêuticas que têm vacinas usadas no Brasil já estão com estudos concluídos ou em andamento sobre a possibilidade, diferente da CoronaVac, que ainda não tem dados fechados sobre o tema.

Na mesma coletiva, o ministro afirmou que a distribuição de vacinas contra a covid-19 será realizada de forma equilibrada para todos os estados do país. As informações foram repassadas pelo ministro Marcelo Queiroga durante uma coletiva de imprensa que explicou quais serão os caminhos adotados para avançar no combate à pandemia.

Queiroga disse que a pasta assumiu o compromisso para que todos os estados consigam chegar ao final da campanha de imunização ao mesmo tempo, para garantir uma maior homogeneidade de vacinação em todo o país.

O chefe da pasta declarou ainda que o ministério está acompanhando as discussões sobre a chamada dose de reforço, mas informou que ainda não há evidências científicas sobre como essa terceira dose deveria ser aplicada.

Não há evidência cientifica sólida em relação a como deve ser essa terceira dose, se do mesmo imunizante, se de outro imunizante, qual é o momento de fazer isso
Marcelo Queiroga

Em um cenário otimista, o governo acredita ser possível imunizar toda a população adulta com duas doses até o fim do mês de outubro. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Otávio Moreira da Cruz, explicou que esse cenário de otimismo considera o recebimento das vacinas pelas farmacêuticas dentro do prazo e a vacinação diária de 2,4 milhões de doses, além da redução do tempo entre doses da Pfizer.

A gente consegue atingir em setembro aplicação de primeira dose de quase a totalidade da população adulta e passamos a aplicação de mais de 75% da pop vacinável com as duas doses. Nesse cenário, até o final do mês de outubro, seria possível completar a imunização de toda pop adulta com as duas doses caso se configure esse cenário
Rodrigo Otávio Moreira da Cruz

O secretário-executivo citou que as estratégias adotadas pelo PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid) para a distribuição das vacinas foram desarmônicas e que isso era esperado devido às particularidades populacionais de cada região do Brasil.

A justificativa usada pelo secretário é que o PNO foi construído sob a lógica de grupos prioritários e, com o avanço das imunizações, o Ministério da Saúde pretende ajustar a estratégia para que a promessa de igualdade de distribuição das vacinas possa ocorrer.

Moreira da Cruz reconheceu ainda que um dos principais gargalos para o enfrentamento da pandemia observado pelo Ministério da Saúde é a disponibilidade de infraestrutura e de insumos.

De acordo com os registros no Plano Nacional de Imunizações (PNI) e nos painéis das secretarias estaduais, o Brasil aplicou mais de 168 milhões de doses, no total. Cerca de 70% da população (117 milhões de pessoas) acima de 18 anos de idade já tomaram a primeira dose.

2,7 milhões foram vacinados em 24 horas

Ontem o Brasil registrou a segunda maior marca de pessoas vacinadas contra a covid-19 em um intervalo de 24 horas. Ao todo, 2.778.682 pessoas receberam a primeira, a segunda ou a dose única da vacina contra a doença.

Os dados foram levantados pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte. Os números tomam como base as informações fornecidas pelas secretarias estaduais de saúde.

Os números de ontem são inferiores apenas aos de 7 de julho, quando 3.391.427 pessoas foram imunizadas com alguma dose de vacina.

O país também superou a marca de 51,5 milhões de pessoas com vacinação completa contra a covid-19. Até às 20h de ontem, 51.577.522 brasileiros tomaram a segunda dose ou a dose única de imunizante, o correspondente a 24,36% da população do país.