Covid: Com 1.030 novos óbitos, Brasil tem 17 estados com queda na média

O Brasil registrou hoje 1.030 novas mortes de covid-19. No total, o país já teve 572.733 óbitos pela doença desde o início da pandemia. Com isso, registra hoje o maior número de estados com tendência de queda desde julho.

Também foram apontados 35.793 novos casos nas últimas 24 horas, elevando o total para 20.494.014 diagnósticos positivos da doença. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.

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A média móvel de óbitos ficou em 821, o que indica uma diminuição de -9% na comparação com 14 dias atrás. Esse percentual aponta tendência de estabilidade na média de mortes, um patamar que o Brasil mantém há oito dias.

Além disso, o país completa hoje o 20º dia consecutivo com média abaixo de mil. Em 2021, este dado ficou acima de mil durante 191 dias seguidos. Em 2020, o tempo máximo foram 31 dias.

A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.

Dezessete estados apresentaram tendência de queda hoje, maior número desde 20 de julho —quando registrou 18. Além disso, oito estados e o Distrito Federal tiveram estabilidade. Apenas o Paraná registrou aceleração.

Hoje, nove estados tiveram menos de dez óbitos. São eles:

• Rio Grande do Norte - 9
• Alagoas - 8
• Paraíba - 8
• Tocantins - 6
• Sergipe - 4
• Piauí - 3
• Amazonas - 2
• Roraima - 1
• Amapá - 1

Acre e Rondônia não tiveram nenhuma morte.

Por outro lado, quatro estados tiveram mais de cem mortes:

• São Paulo - 281
• Rio de Janeiro - 188
• Minas Gerais - 116
• Goiás - 115

Das regiões, três tiveram tendência de queda: Centro-Oeste (-17%), Nordeste (-30%) e Norte (-21%). Sudeste e Sul mantiveram a tendência de estabilidade com -2% e 2% respectivamente.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

• Espírito Santo: estável (-1%)

• Minas Gerais: estável (-15%)

• Rio de Janeiro: estável (-4%)

• São Paulo: estável (4%)

Região Norte

• Acre: queda (-83%)

• Amazonas: queda (-32%)

• Amapá: queda (-38%)

• Pará: estável (-5%)

• Rondônia: queda (-27%)

• Roraima: queda (-42%)

• Tocantins: queda (-19%)

Região Nordeste

• Alagoas: queda (-29%)

• Bahia: queda (-18%)

• Ceará: queda (-21%)

• Maranhão: estável (-5%)

• Paraíba: queda (-32%)

• Pernambuco: queda (-46%)

• Piauí: queda (-34%)

• Rio Grande do Norte: queda (-56%)

• Sergipe: queda (-50%)

Região Centro-Oeste

• Distrito Federal: estável (4%)

• Goiás: queda (-22%)

• Mato Grosso: queda (-17%)

• Mato Grosso do Sul: estável (-15%)

Região Sul

• Paraná: alta (21%)

• Rio Grande do Sul: queda (-25%)

• Santa Catarina: estável (-14%)

Dados do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde divulgou hoje que foram notificadas 979 novas mortes causadas pela covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença provocou 572.641 óbitos em todo o país.

Pelos dados da pasta, houve 36.315 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 20.494.212 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 19.393.047 casos recuperados da doença até aqui, com outros 528.524 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.