Brasil tem média de 765 mortes por covid-19 no domingo; 16 estados em queda
O Brasil registrou hoje uma média de 765 novas mortes por covid-19, de acordo com o consórcio de imprensa, integrado pelo UOL, que levanta informações junto às secretarias estaduais de saúde. Em 16 das 27 unidades da federação, o quadro da pandemia é de desaceleração. No Rio de Janeiro, de alta. No restante do país, de estabilidade.
Essa é a menor média que o Brasil registra desde 7 de janeiro deste ano. Naquele momento, a segunda onda da pandemia estava começando a subir. O pico foi em 12 de abril, com uma média de 3.125 mortes por covid-19 por dia. Em seguida, as mortes começaram a diminuir, mas tiveram um repique no início de junho. Depois, voltaram a baixar novamente.
Apesar de cenário de desaceleração, especialistas orientam cautela, devido à propagação da variante delta do coronavírus, mais transmissível.
A média de novas mortes por dia é considerada a melhor forma de analisar o cenário da pandemia. É calculada a partir dos dados dos últimos sete dias, eliminando o efeito de quedas artificiais que costumam ocorrer aos fins de semana —quando há menos profissionais disponíveis para registrar novas mortes nos municípios.
Neste domingo, por exemplo, 331 mortes foram inseridas nos bancos de dados das secretarias estaduais de saúde.
O número total de mortes por covid-19 no Brasil chegou a 574.574. Já o total de pessoas que tiveram diagnóstico positivo para a doença provocada pelo coronavírus passa de 20.567.922.
A média de mortes atual do Brasil é 16% menor que duas semanas atrás, o que coloca o país em um cenário de desaceleração da pandemia. Os seguinte estados também vivem um quadro de queda: Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Rondônia, Roraima, Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda. Acima de 15%, considera-se que o quadro é de aceleração. Entre esses dois patamares, o cenário é de estabilidade.
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-30%)
- Minas Gerais: queda (-26%)
- Rio de Janeiro: aceleração (20%)
- São Paulo: estável (-7%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (0%)
- Amazonas: queda (-56%)
- Amapá: estabilidade (-15%)
- Pará: estabilidade (-15%)
- Rondônia: queda (-26%)
- Roraima: queda (-74%)
- Tocantins: estável (-13%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-22%)
- Bahia: queda (-25%)
- Ceará: queda (-30%)
- Maranhão: estável (-15%)
- Paraíba: queda (-29%)
- Pernambuco: queda (-34%)
- Piauí: queda (-46%)
- Rio Grande do Norte: queda (-63%)
- Sergipe: estabilidade (-5%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (-1%)
- Goiás: queda (-23%)
- Mato Grosso: queda (-20%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-25%)
Região Sul
- Paraná: queda (-28%)
- Rio Grande do Sul: estabilidade (-13%)
- Santa Catarina: estabilidade (-7%)
Dados do Ministério da Saúde
O Brasil registrou hoje mais 318 mortes pela covid-19, segundo o Ministério da Saúde.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, o número oficial de vítimas da pandemia no país é de 574.527. No total, 20.570.891 pessoas tiveram diagnóstico positivo para covid-19.
A região com maior mortalidade é o Centro-Oeste, com 333 mortes por 100 mil habitantes. Em seguida, o Sul, com 298 mortes por 100 mil.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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