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Equilíbrio

Cuidar da mente para uma vida mais harmônica


Produzir e ouvir música ajudam a lidar com o isolamento durante a pandemia

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Imagem: iStock

Simone Lemos

Jornal da USP

22/08/2021 12h48

Lidar com o isolamento causado pela pandemia ou com as dificuldades que surgem no dia a dia não é fácil para muitas pessoas. Nesse sentido, há quem busque na música um caminho para tornar tudo mais leve, gostoso, prazeroso.

Durante a fase de reclusão, houve quem se propôs o desafio de tentar descobrir em si um talento até então insuspeito, aprendendo a cantar, tocando um novo instrumento ou simplesmente escutando muito mais música.

Marco Antonio da Silva Ramos, professor titular sênior em Regência Coral no Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da USP, afirma que "existe música para todo estado de espírito". Ele também conta que "houve um expressivo aumento de acessos às novas plataformas de música, vídeos musicais, que podem ampliar a visão de outras formas de fazer música, outras culturas, outros povos. Isso tudo amplia as fronteiras, o repertório, a capacidade de entender o outro", acredita.

Segundo o professor, "produzir música permite que as pessoas travem um contato consigo mesmas, com seu próprio ser interior, ajudando a alicerçar a capacidade de sobreviver na solidão", afirma. Não existe um gênero musical que seja mais indicado para quem quer se beneficiar do que a música pode oferecer, tudo depende do gosto pessoal de cada um.

Buscando amenizar e tornar agradável essa fase de desafios que a pandemia ocasionou, o professor Ramos conta que acolheu seus alunos em um ambiente de aprendizado profundo e extremo respeito pessoal. Ele destacou que as apresentações do Coro de Câmara Comunicantus estiveram ativas durante todo esse período, online, mesmo com todas as limitações e impossibilidades do momento.

"Nós fomos buscando soluções em colaboração com os estudantes, aprendendo com eles e nos desafiando tecnológica e metodologicamente. Esse ambiente de colaboração foi relatado como acolhedor pelos nossos alunos", explica o professor. A entrevista pode ser ouvida na íntegra clicando aqui.