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Fuligem e ar seco causam problemas respiratórios; veja como evitar

Divulgação/Prefeitura de Franco da Rocha
Imagem: Divulgação/Prefeitura de Franco da Rocha

Danielle Sanches

Do VivaBem, em São Paulo

23/08/2021 12h47

Um incêndio que acontece no Parque Estadual do Juquery, em Franco da Rocha, região metropolitana de São Paulo, provocou uma "chuva de cinzas" em bairros das regiões central, norte, sul e leste da cidade.

Nas redes sociais, moradores dessas localidades compartilharam fotos e vídeos mostrando suas casas com fuligem. Houve relatos de céu cinza e fumaça também.

A presença dessas partículas no ar vem agravar ainda mais a situação já preocupante da cidade, que sofre com o ar seco e a baixa umidade relativa há dias.

Riscos à saúde

As partículas que ficam no ar após incêndios desse tipo (quando há queima de material orgânico, como o encontrado nas matas), quando inaladas, podem provocar sintomas como dificuldade para respirar, dor e ardência na garganta, rouquidão, dor de cabeça e irritação dos olhos.

"Quem mora nas regiões mais próximas pode inclusive sofrer com inflamação aguda dos brônquios", afirma o pneumologista Elie Fiss, pesquisador sênior do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, e professor titular de pneumologia da Faculdade de Medicina do ABC.

Segundo ele, crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios crônicos como bronquite e asma poderão ter crises respiratórias nas próximas 48 horas em decorrência do problema, com presença de tosse e até chiado no peito. "Recomendamos sempre buscar ajuda médica e evitar a automedicação, especialmente com xaropes, que podem agravar o problema", alerta o especialista.

Como se proteger?

Fiss lembra que o uso de máscara, obrigatório durante a pandemia do novo coronavírus, vai ajudar a proteger as vias aéreas e impedir a inalação das partículas maiores presentes no ar. O especialista também recomenda limpar as áreas afetadas com fuligem com pano úmido para evitar que elas "subam" e sejam inaladas.

Veja outras dicas para minimizar os efeitos do problema:

  • Manter uma boa hidratação, consumindo entre dois a três litros de água todos os dias;
  • Evitar sair em horários nos quais a umidade do ar está baixa, geralmente entre 12h e 16h;
  • Evitar, sempre que possível, a proximidade com incêndios;
  • Manter os ambientes da casa e do trabalho fechados, mas umidificados, com o uso de vaporizadores, bacias com água e toalhas molhadas;
  • Usar máscara ao sair na rua, evitar aglomerações e locais fechados;
  • Optar por uma dieta leve, com a ingestão de verduras, frutas e legumes;
  • Evitar banhos muito quentes e produtos com agentes químicos que tirem a umidade natural da pele;
  • Utilizar hidratante após o banho para evitar que a pele perca água;
  • Usar soro fisiológico para umidificar os olhos e o nariz constantemente;
  • Evitar a prática de exercícios físicos entre 10h e 16h;
  • Em caso de urgência, buscar ajuda médica imediatamente.

* com informações de Giulia Granchi em reportagem publicada em 23/09/2020.