Queiroga diz esperar evidências científicas para discutir 3ª dose de vacina
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga disse hoje que espera evidências científicas para discutir com seriedade a aplicação de uma terceira dose da vacina contra a covid-19. Por ora, acrescentou, o objetivo continua sendo avançar o mais rápido possível com a imunização completa — com duas doses — no Brasil, já que apenas 26,42% da população completou o esquema vacinal.
"A OMS [Organização Mundial da Saúde] editou uma posição no sentido de que não se avançasse na terceira dose enquanto a segunda dose não fosse aplicada na maior parte da população global. Eu já contratei um estudo, que está sendo realizado em parceria com a Universidade de Oxford, para que essa terceira dose seja orientada com rigor científico", anunciou o ministro durante agenda em São José do Rio Preto (SP).
Terceira dose só depois que avançarmos na segunda. (...) A opinião do especialista é importante, mas quando essa opinião é reforçada com evidência científica de qualidade é a certeza de que iremos no caminho certo.
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde
A declaração de Queiroga foi feita no mesmo dia em que a cidade do Rio de Janeiro anunciou que planeja iniciar em setembro a aplicação da terceira dose da vacina nos idosos a partir de 60 anos que tenham tomado a segunda há pelo menos seis meses. Os primeiros a ser atendidos aqueles que vivem em instituições de longa permanência, como asilos e casas de repouso.
A vacinação será feita com doses das vacinas da Pfizer ou da AstraZeneca, independentemente da recebida pelo idoso nas duas doses anteriores, e o calendário de vacinação será divulgado pela SMS (Secretaria Municipal de Saúde) "dentro de alguns dias", segundo nota divulgada pela pasta.
Oficialmente, o Ministério da Saúde ainda não autorizou a aplicação de doses de reforço nos estados e municípios.
3ª dose no mundo
Uma terceira dose da vacina contra covid-19 deve ser proposta para aqueles que pertencem a grupos de risco — aproximadamente 5 milhões de pessoas — a partir de setembro na França, segundo declarou hoje o ministro da Saúde do país, Olivier Véran. O governo francês teme o aumento de casos com o fim das férias e a volta às aulas.
Véran, que solicitou um parecer da HAS (Alta Autoridade de Saúde) da França, espera que a recomendação de uma nova dose às pessoas com mais de 65 anos e aos imunodeficientes seja feita nos próximos dias. Estes grupos da população já são aconselhados a tomar a vacina contra a gripe anualmente.
"Haverá um prazo de seis meses entre a segunda e a terceira doses, que será aberta no começo de setembro", explicou.
Países como Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido e Israel já manifestaram intenção ou começaram a administrar a terceira dose da vacina. A decisão vai contra o alerta da OMS para priorizar os países que ainda não tiveram acesso nem às primeiras doses, evitando, assim, que a desigualdade mundial seja acentuada.
(Com Estadão Conteúdo e RFI)
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