Estudo demonstra que ficar sentado 8 horas por dia aumenta o risco de AVC
A importância da atividade física, em geral, vem ganhando destaque cada dia mais, especialmente pelos efeitos benéficos que traz para a saúde. Mas também tem o outro lado: a falta dela pode trazer sérias consequências.
Isso é o que mostra mais um estudo, realizado por pesquisadores no Canadá. Segundo os dados, pessoas com menos de 60 anos que passam 8 horas ou mais por dia sentados, e no tempo livre não são ativas, correm um risco maior de ter um AVC.
O trabalho, publicado em 19 de agosto de 2021 no periódico Stroke, da American Heart Association, também mostrou que o risco de derrame aumentou sete vezes em relação às pessoas ativas, que passavam menos de quatro horas sem se movimentar e que destinavam ao menos dez minutos por dia para se exercitar.
De forma geral, o AVC é a morte de células do cérebro, que acontece pela interrupção do fluxo sanguíneo no órgão.
Como foi feito o estudo?
A pesquisa analisou os dados de mais de 143 mil adultos da Pesquisa de Saúde da Comunidade Canadense. Os especialistas acompanharam os participantes que tinham 40 anos ou mais, sem histórico de derrame anterior, aproximadamente por 9,4 anos, entre 2000 e 2012.
"Acredita-se que o tempo sedentário prejudique a glicose, o metabolismo lipídico, o fluxo sanguíneo e aumenta a inflamação no corpo", disse o principal autor do estudo, Raed Joundi, da Universidade McMaster em Ontário, no Canadá, à CNN.
"Essas mudanças, com o tempo, podem ter efeitos adversos nos vasos sanguíneos e aumentar o risco de ataque cardíaco e derrame."
Durante o período de estudo, houve 2.965 AVCs e desses, 90% foram isquêmicos, que é o tipo mais comum.
Vale lembrar que, além do sedentarismo, há outros fatores de risco para a doença como pressão alta, diabetes, colesterol alto, tabagismo, uso de drogas, obesidade e estresse, além de causas que não temos controle, como idade (o problema é mais comum em idosos) e gênero (a doença acomete mais homens).
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