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Secretária: Não há previsão para anunciar fim da obrigatoriedade da máscara

17.jun.2021 - A médica Rosana Leite de Melo e o ministro Marcelo Queiroga - Divulgação / HRMS
17.jun.2021 - A médica Rosana Leite de Melo e o ministro Marcelo Queiroga Imagem: Divulgação / HRMS

Do VivaBem, em São Paulo

25/08/2021 14h14Atualizada em 25/08/2021 14h29

A secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, disse hoje, em entrevista ao UOL News, que não há previsão para a pasta anunciar o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras contra a covid-19 no país.

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a afirmar que conversaria com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para definir uma data para o fim da obrigatoriedade do acessório.

"A prevenção primária, a gente sempre reitera, baseia-se na imunização e nas medidas de barreira. Essas medidas de barreira que interrompem a contaminação, uma delas é a máscara. Realmente tem esse estudo, mas a situação é muito dinâmica, nós temos as variáveis, nós não temos ainda a resposta desse estudo por conta dessas outras condicionantes que aconteceram", respondeu ela, citando um estudo mencionado por Queiroga.

Não [tem previsão]. Como você mesmo colocou esse anúncio do nosso ministro foi até antes da emergência da variante delta. Então tudo isso tem que ser avaliado com bastante prudência e é o que está sendo feito Rosana Leite ao ser questionada pela apresentadora Fabíola Cidral sobre o fim da obrigatoriedade de máscaras

Na entrevista à Rádio Nova Regional, do Vale da Ribeira (SP), Bolsonaro repetiu que, com a maior parte da população vacinada ou que já teve covid-19, as máscaras não seriam mais necessárias.

Tal afirmação contraria a avaliação de especialistas, que recomendam a continuidade do uso de máscaras, principalmente em ambientes fechados, mesmo com o avanço da vacinação.

A pessoa imunizada tem menor possibilidade de contrair e ter efeitos graves da doença, mas pode transmitir o vírus caso seja infectada. Além disso, diferente do dito por Bolsonaro, uma pessoa pode ser reinfectada pelo coronavírus.

Países como Estados Unidos e Israel retiraram a obrigatoriedade do uso de máscaras para vacinados ao longo do primeiro semestre, mas a medida não é consenso na área médica mesmo com a imunização avançada.

A disseminação da variante delta, por exemplo, fez o governo americana recuar em parte das medidas e recomendar, no final de julho, o uso de máscaras em áreas de alto risco de contaminação.

A obrigatoriedade do uso de máscaras é uma decisão que envolve também estados e municípios. O governador João Doria (PSDB-SP), por exemplo, já disse que em São Paulo manterá a obrigatoriedade até o final do ano.

Em declarações recentes, Queiroga já indicou que pode atender ao desejo de Bolsonaro com uma recomendação para o fim do uso obrigatório de máscaras no Brasil, que, na prática, dependerá da decisão de cada estado ou município.