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Covid: Brasil tem 5º dia seguido de média de mortes abaixo de 700

Este é o quinto dia seguido em que a média de óbitos fica abaixo de 700 - Buda Mendes/Getty Images
Este é o quinto dia seguido em que a média de óbitos fica abaixo de 700 Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Ana Paula Bimbati, Sara Baptista e Ricardo Espina

Do VivaBem, em São Paulo, e colaboração para o VivaBem, em São Paulo

30/08/2021 18h28Atualizada em 30/08/2021 20h38

O Brasil registrou uma média móvel de 671 mortes, chegando assim ao quinto dia seguido com esse índice abaixo de 700. O número também é um dos mais baixos do ano, segundo dados obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.

Já nas últimas 24 horas, foram registradas 313 mortes de covid-19 no país. Vale lembrar, no entanto, que às segundas-feiras os números de casos e óbitos de coronavírus costumam ser mais baixos por causa do represamento de dados que acontece aos fins de semana nas secretarias.

O total de óbitos pela doença já chegou a 579.643. A média de mortes calcula a média diária de óbitos a partir dos números dos últimos sete dias.

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Imagem: UOL

O número é considerado o mais confiável, segundo especialistas, para analisar o avanço ou a regressão da pandemia, uma vez que consegue corrigir as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados, quando os estados trabalham em esquema de plantão.

Em 2021, a média móvel de óbitos chegou a ficar acima de mil durante 191 dias seguidos. Em 2020, o tempo máximo que ela ficou neste patamar foram 31 dias.

Desde as 20h de ontem também foram registrados 12.453 novos casos de coronavírus. Assim, o total de diagnósticos feitos desde o começo da pandemia chegou a 20.751.108.

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Imagem: UOL

Dois estados e o Distrito Federal apresentaram variação de alta. Outros 18 registraram queda e seis têm estabilidade na média. O Brasil também tem tendência de queda, com -19% de média móvel.

Esse índice é comparado com mesmo de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda. Acima de 15%, considera-se que o quadro é de aceleração. Entre esses dois patamares, o cenário é de estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (7%)
  • Minas Gerais: queda (-28%)
  • Rio de Janeiro: alta (33%)
  • São Paulo: queda (-29%)

Região Norte

  • Acre: queda (-25%)
  • Amazonas: queda (-40%)
  • Amapá: queda (-73%)
  • Pará: queda (-36%)
  • Rondônia: queda (-58%)
  • Roraima: queda (-33%)
  • Tocantins: queda (-53%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-27%)
  • Bahia: estável (15%)
  • Ceará: queda (-54%)
  • Maranhão: estável (-6%)
  • Paraíba: estável (0%)
  • Pernambuco: queda (-45%)
  • Piauí: queda (-52%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-48%)
  • Sergipe: alta (90%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (20%)
  • Goiás: queda (-42%)
  • Mato Grosso: queda (-39%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-20%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-20%)
  • Rio Grande do Sul: estável (11%)
  • Santa Catarina: estável (-15%)

Dados do Ministério da Saúde

Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde informou que o Brasil reportou 266 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. A doença provocou 579.574 óbitos desde o começo da pandemia em todo o país.

Pelos dados do ministério, houve 10.466 casos confirmados da doença entre ontem e hoje, elevando o número de infectados para 20.752.281 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 19.692.898 casos recuperados da doença até o momento, com outros 479.809 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.