Amazonas tem 44 casos de doença da "urina preta"; veja principais sintomas
O estado do Amazonas registrou, desde 21 de agosto, 44 casos de rabdomiólise, associados à Doença de Haff, conhecida como doença da "urina preta". De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, uma pessoa morreu em decorrência da doença.
Os municípios que registram casos são: Itacoatiara (34 casos e um óbito), Silves (quatro casos), Manaus e Parintins (com dois casos cada), Caapiranga e Autazes, com um caso em cada. Do total de pacientes, dez ainda estão internados — todos são de Itacoatiara.
De acordo com o diretor-presidente da fundação, Cristiano Fernandes, está sendo reforçada a investigação epidemiológica dos casos. "Todos os casos notificados podem estar associados à ingestão de peixes. Ainda não há consenso no meio científico sobre a toxina que contamina os pescados. A Vigilância está se concentrando em detectar precocemente os casos e monitorar para que haja o manejo clínico adequado para os pacientes", explica.
Entenda a doença "urina preta"
Sua origem exata ainda é misteriosa, mas pesquisadores encontraram uma unanimidade: todos os pacientes, mesmo fora do Brasil, consumiram algum animal que vive na água, muitas vezes a doce.
Alguns especialistas já levantaram a suspeita de que ela seja causada por uma bactéria, mas isso é considerado pouco provável. A hipótese mais aceita é que a doença seja causada por algum tipo de toxina, ainda não identificada, que contamine o alimento e permaneça ativa no alimento cru ou mesmo depois de ser cozido, frito ou assado.
Quais são os sintomas da doença
Os sintomas da doença de Haff costumam aparecer entre duas e 24 horas após o consumo de peixe ou crustáceos. Além dos incômodos sentidos pelo corpo e a coloração escura da urina, o quadro pode causar insuficiência renal.
Isso acontece pois os músculos, quando lesionados, liberam uma substância chamada mioglobina no sangue, o que pode prejudicar os rins (e também é responsável pelo xixi preto).
As sequelas mais graves só costumam acontecer caso o paciente não tenha cuidado rápido e eficiente. Outras sensações comuns são a falta de ar, dormência e perda da força do corpo.
Exames podem ser pedidos para confirmar o diagnóstico, mas como não se sabe exatamente o que causa a doença, o mais importante será ouvir o histórico dos pacientes. Rara, a recomendação é que um profissional de saúde seja procurado assim que os sintomas surgirem.
Como é feito o tratamento
É realizado com base nas consequências que a doença deixou. Os pacientes geralmente ficam internados e são tratados com reposição de fluidos e suporte intensivo ou semi-intensivo.
Os profissionais de saúde buscam amenizar sintomas como dores, falta de ar e auxiliando a situação dos rins com aparelhos, quando necessário. Se for um quadro leve, os indícios da doença somem em alguns dias, sem a necessidade de internação ou uso de aparelhos médicos. Porém, ainda assim, a avaliação médica é importante.
* Com informações de reportagem publicada no dia 12/07/2021.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.