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Covid: Mais de 30% da população brasileira já completou vacinação

Mais de 64,6 milhões de brasileiros já tomaram a segunda dose ou a dose única de vacina contra a covid-19 - José Aldenir/TheNews2/Estadão Conteúdo
Mais de 64,6 milhões de brasileiros já tomaram a segunda dose ou a dose única de vacina contra a covid-19 Imagem: José Aldenir/TheNews2/Estadão Conteúdo

Colaboração para o VivaBem, em São Paulo

02/09/2021 20h08Atualizada em 02/09/2021 20h24

Hoje, o Brasil já tem mais de 30% de seus habitantes com vacinação completa contra a covid-19. No total, 64.687.797 brasileiros tomaram a segunda dose ou a dose única de imunizante, o correspondente a 30,32% da população do país. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, com base nas informações fornecidas pelas secretarias estaduais de saúde.

Esta porcentagem, porém, ainda está abaixo da verificada em diversos países. De acordo com a plataforma Our World in Data, ligada à Universidade Oxford e referência mundial no monitoramento da pandemia, Emirados Árabes Unidos (76,03%), Portugal (75,01%), Uruguai (72,13%), Chile (71,09%), Israel (62,51%) e Estados Unidos (51,91%), entre outros, têm maior parcela de suas populações com vacinação completa contra a covid-19. Os dados foram divulgados ontem.

O ciclo vacinal foi concluído por 1.133.018 pessoas nas últimas 24 horas, sendo 1.128.217 de segunda dose e outras 4.801 de dose única. Este é o segundo dia com maior número de aplicações de segundas doses, atrás apenas de 31 de agosto (com 1.412.878). No mesmo intervalo de tempo, a primeira dose foi aplicada em 868.972 brasileiros.

Até o momento, 133.043.816 habitantes receberam a primeira dose de imunizante, o equivalente a 62,37% da população nacional.

vacinação 1 dose - UOL - UOL
Vacinação com a primeira dose em 2/9
Imagem: UOL

Desde janeiro, quando começou a vacinação no país, já foram aplicadas 197.731.613 doses de vacina contra a covid-19 no Brasil, somando primeira, segunda e única —entre ontem e hoje, foram 2.001.990 doses.

Os estados com a maior proporção de habitantes que completaram a vacinação são Mato Grosso do Sul (45,26%), São Paulo (38,72%) e Rio Grande do Sul (36,72%).

Entre aqueles com a maior parcela da população que já recebeu a primeira dose, estão São Paulo (73,42%), Rio Grande do Sul (66,81%) e Santa Catarina (65,61%).

Vacinação com dose completa em 2/9 - UOL - UOL
Vacinação com dose completa em 2/9
Imagem: UOL

Covas diz que não há vacinas atrasadas

Diretor do Instituto Butantan, que produz a CoronaVac, contra covid-19, Dimas Covas afirmou que não há atraso de entrega por parte de sua organização. O calendário, diz, está mais rápido e em agosto foi realizada a maior entrega de doses.

"O Butantan não tem dose atrasada", afirmou no UOL News. "O Butantan adiantou o cronograma e na primeira quinzena [de setembro] terminaremos o contrato com Ministério da Saúde", disse. O fechamento do contrato será possível porque todas as doses serão entregues em setembro, em vez de outubro, como previamente acordado.

O dirigente do instituto disse que, se há atraso, a culpa é do governo federal. "A responsabilidade é do Ministério da Saúde, que tem sistematicamente cometido equívocos. Os estados também têm feito vacinações sem previsão adequada, há mais de um fator envolvido", falou, se referindo à crítica feita pelo Rio de Janeiro após suspender a aplicação de segundas doses ontem.

"Que eu saiba é pontual, São Paulo não tem atraso. Pelo contrário, adiantou a vacinação da terceira dose", completou. Essa disparidade entre planejamento de estados e com o governo federal foi alvo de crítica por parte de Covas.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.