Patrícia Poeta passa por cirurgia nas amígdalas; para que elas servem?
A apresentadora Patrícia Poeta contou, em seu perfil no Instagram nesta segunda-feira (6), que passou por uma cirurgia de emergência nas amígdalas. "Estou internada desde a semana passada, porque precisei passar por uma cirurgia de emergência e bem complicada nas amígdalas. Ainda não estou 100%", disse, sem dar mais detalhes do procedimento cirúrgico.
As amígdalas são duas pequenas estruturas arredondadas, em forma de amêndoas, localizadas na parte de trás da boca, ao lado da garganta (é possível vê-las quando abrimos bem a boca).
Embora não sejam órgãos vitais, elas desempenham uma função importante no sistema imunológico: produzem anticorpos e acionam os linfócitos, células defensoras do organismo contra vírus, bactérias e outros agentes nocivos que entram pelo nariz e a boca.
Quando elas precisam ser extraídas?
Sendo tão importantes na linha de defesa, precisam se enquadrar em critérios clínicos bem específicos para serem extraídas. O paciente precisa ter mais de sete infecções em um ano ou cinco anualmente e durante dois anos consecutivos ou três por três anos consecutivos.
Adultos também podem ter que operar devido à apneia do sono, quando restos de alimentos se depositam nas criptas, ou sulcos, das amídalas, gerando mau hálito (halitose), se forem diagnosticados abcessos e tumores ou em caso de febre reumática.
Tratamentos menos invasivos
Em se tratando de infecções repetitivas, anti-inflamatórios, antibióticos e analgésicos podem ser administrados como tentativa de tratar ou postergar a indicação cirúrgica.
Para ronco e apneia também é possível testar aparelhos conhecidos pela sigla CPAP, que fornecem um fluxo contínuo de oxigênio para o paciente enquanto ele dorme, evitando assim que suas vias respiratórias fiquem obstruídas.
Entretanto, a cirurgia costuma oferecer uma resolução mais rápida e definitiva para esses distúrbios respiratórios. Além disso, quando todos os tratamentos menos invasivos são testados e não há melhora do quadro, e as amígdalas estão disfuncionais, causando mais doença do que proteção, a cirurgia é recomendada.
A duração do procedimento é de cerca de 1 hora e geralmente o paciente recebe alta no mesmo dia. Quando bem indicada, a melhora é rápida, o ronco desaparece logo nos primeiros dias e as infecções e uso de antibióticos são reduzidos drasticamente.
Por outro lado, embora no Brasil a cirurgia seja defendida, alguns estudos internacionais sugerem que retirar as amígdalas pode intensificar o risco de doenças respiratórias. De acordo com uma pesquisa publicada em 2018 na revista científica Jama Otolaryngology - Head & Neck Surgery, o risco para pneumonia, gripe, asma e bronquite, por exemplo, pode triplicar. Mas não há consenso entre os médicos.
*Com informações de reportagem publicada em 28/09/2020.
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