Câncer no peritônio, que matou Dudu Braga, costuma aparecer em casos graves
Após anunciar o retorno do câncer há um mês, Dudu Braga, filho de Roberto Carlos, faleceu nesta quarta-feira (8), em decorrência de câncer no peritônio, que é uma membrana que envolve a parede abdominal. O produtor musical tinha 52 anos e já havia passado por tratamento para câncer de pâncreas duas vezes em 2019.
Em entrevista à revista Quem em agosto, o produtor musical contou que frequentemente precisava voltar ao hospital. "O peritônio inflama o aparelho digestivo e sempre que isso acontece tenho que me internar para tomar antibiótico, que só pode ser feito no hospital e a cada seis horas. Não tem outro jeito, tenho que ficar internado porque a medicação é intravenosa."
A doença costuma ser secundária, o que a torna agressiva. "O local é geralmente acometido quando a doença é metastática, proveniente de tumores do intestino, ovário, fígado, pâncreas, entre outros. De forma geral, a agressividade depende do tumor primário mas, o acometimento peritoneal acontece em fases mais avançadas da doença", explica Erika Simplício, oncologista do Hospital Moriah e da clínica First, de atendimento particular.
De acordo com a médica, o quadro provoca sintomas semelhantes aos do câncer nos ovários, como dor abdominal, náuseas, barriga inchada e perda de peso sem causa aparente.
O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, como tomografia computadorizada e pet-scan, exames de sangue para verificar proteínas específicas, conhecidas como marcadores tumorais, e principalmente, por meio da realização de biópsia.
O tratamento é baseado no estágio do tumor e nas condições de saúde da pessoa e pode consistir em cirurgia para a retirada de tumores, quimioterapia e radioterapia.
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