Covid: Com 637 novas mortes, Brasil tem 3º dia de média acima de 500
O Brasil registrou hoje 637 mortes por covid-19, elevando o total para 589.277. Os dados foram obtidos pelo consórcio dos veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde.
Pelo terceiro dia consecutivo, a média móvel de mortes ficou acima de 500 depois de passar seis dias abaixo. Foram 582 óbitos em média nos últimos sete dias, o que indica uma tendência de estabilidade de -7% na comparação com 14 dias atrás.
Esse é o segundo dia seguido com tendência de estabilidade depois de 22 dias em queda.
A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.
Acre, Amazonas, Amapá, Roraima e Sergipe não registraram nenhuma morte por covid-19 nas últimas 24 horas.
Onze estados e o Distrito Federal tiveram queda na média móvel, enquanto 13 tiveram estabilidade. Apenas Rondônia e Piauí apresentaram aceleração.
Das regiões, Centro-Oeste e Nordeste tiveram queda de -22% e -29% respectivamente. As demais se mantiveram estáveis: Norte (-7%), Sudeste (-1%) e Sul (2%).
Hoje foram registrados 35.128 novos casos. Desde o início da pandemia já foram feitos 21.067.396 diagnósticos da doença.
Os casos registrados no estado de São Paulo hoje se referem a notificações acumuladas de março a julho deste ano, por isso o número está muito superior ao habitual. Segundo a secretaria de Saúde do estado, o acúmulo se deu por uma mudança no sistema de registro do SUS.
"As estatísticas de casos leves de COVID-19, notificadas no E-SUS, estavam impactadas desde que o DataSUS realizou mudanças na API (sigla em inglês para "Application Programming Interface") que alteraram o desfecho de casos confirmados de COVID-19 e afetaram a dinâmica de extração dos dados", diz o comunicado enviado à imprensa.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-24%)
- Minas Gerais: estável (-3%)
- Rio de Janeiro: estável (5%)
- São Paulo: estável (-5%)
Região Norte
- Acre: estável (0%)
- Amazonas: queda (-63%)
- Amapá: estável (0%)
- Pará: estável (-15%)
- Rondônia: alta (111%)
- Roraima: estável (12%)
- Tocantins: estável (-15%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-17%)
- Bahia: queda (-39%)
- Ceará: queda (-23%)
- Maranhão: queda (-47%)
- Paraíba: queda (-24%)
- Pernambuco: estável (-11%)
- Piauí: alta (50%)
- Rio Grande do Norte: estável (5%)
- Sergipe: queda (-95%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-26%)
- Goiás: queda (-21%)
- Mato Grosso: estável (-9%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-37%)
Região Sul
- Paraná: estável (10%)
- Rio Grande do Sul: estável (-16%)
- Santa Catarina: estável (5%)
Dados do Ministério da Saúde
Nas últimas 24 horas, foram notificadas 643 novas mortes provocadas pela covid-19 no Brasil, segundo boletim divulgado hoje pelo Ministério da Saúde. Até o momento, houve 589.240 óbitos no país em decorrência da doença desde o início da pandemia.
Pelos números do ministério, houve 34.407 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje. Desde março de 2020, o total de infectados chegou a 21.069.017.
De acordo com o governo federal, houve 20.173.064 casos recuperados da doença até agora, com outros 306.713 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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