Dia Mundial Sem Carro: dirigir menos significa mais saúde e menos poluição
A forma escolhida para se locomover nos centros urbanos afeta diretamente o jeito de viver e interfere na saúde física e mental. Não só para um indivíduo, mas para todos que fazem parte daquela comunidade. Veículos que usam combustíveis fósseis têm participação direta no aumento da poluição do ar e em outros danos consequentes, como problemas respiratórios e prejuízos ambientais. Por isso, mais do que nunca, é urgente buscar outras opções.
A redução do uso de automóveis e a importância de outros meios de transporte têm sido discutidas já há algum tempo, mas merecem ainda mais destaque nesse 22 de setembro, Dia Mundial sem Carro. Embora a ciência e a tecnologia venham colaborando para o aumento do uso de fontes energéticas não poluentes, muito mais deve ser feito, como defende o advogado Irineu Ramos, sócio-fundador da Cicloativo, uma associação de ciclistas em Campinas (SP).
"A chegada do carro elétrico não altera significativamente o deficit ambiental, pois, apesar da substituição da matriz energética, os demais componentes lesivos da cadeia automobilística permanecem inalterados", ele afirma.
"Romper com este ciclo catastrófico, reduzindo o uso e o consumo do automóvel, resultaria em melhor preservação ambiental, recuperação de florestas degradadas e uma melhor distribuição do ambiente coletivo da cidade para as pessoas."
De acordo com estimativas da OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 90% da população mundial tem contato constante com poluição acima do recomendado. Como consequência, um número preocupante: mais de 4 milhões de mortes prematuras.
A diminuição de poluentes no ar pode resultar em redução de pacientes com doenças respiratórias e de mortes precoces.
Menos carro e mais saúde
É preciso mudar um pouquinho o jeito de fazer as coisas quando se escolhe reduzir o uso do carro, e pequenas ações podem trazer grandes benefícios. Seja pela adoção de práticas mais saudáveis, como caminhar e pedalar alguns dias na semana em vez de dirigir, ou de forma mais ampla, com a diminuição, por exemplo, das mortes no trânsito.
Insistir no transporte coletivo, dividir o carro com colegas de trabalho, em sistema de carona, ou criar um rodízio com outros pais e mães para levar e buscar os filhos na escola são algumas iniciativas simples de praticar.
Para a saúde física, os benefícios aparecem rapidamente quando o corpo se mexe mais: melhora do condicionamento, da postura, de dores musculares, na respiração e na resposta do sistema imunológico, no controle da ansiedade e da depressão, como explica o cardiologista João Vicente, de São Paulo, que trabalha no hospital Sírio Libanês e no InCor (Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
"Ajuda também a ter uma boa noite de sono. Faz com que ocorra uma maior liberação de adrenalina e noradrenalina no sangue e também de dopamina e serotonina, que deixam as pessoas mais alertas e felizes", o médico afirma. "Diminui colesterol, triglicérides e açúcar no sangue e reduz o peso, que são fatores de risco para doenças do coração. Contribui nas articulações, o que melhora as dores articulares."
Aos sedentários, a recomendação é começar por uma avaliação clínica para saber se está tudo em ordem para fazer atividades físicas.
"É importante ver se a pessoa tem alguma alteração no joelho antes de andar de bicicleta, por exemplo. Isso evita o desenvolvimento de problemas futuros. Sem esquecer que, para caminhar, também é ideal verificar se o peso da pessoa não causará uma sobrecarga da articulação", afirma Alexandre Stivanin, ortopedista especialista em cirurgia do joelho e membros e médico do Hospital Samaritano, em São Paulo.
Disputa pelo espaço
Nas cidades onde carros ocupam grande espaço nas vias, são eles que têm vantagem na disputa pelo espaço de locomoção. Por isso, é preciso ter cuidado ao andar a pé, usar bicicletas e patinetes. Equipamentos de proteção são acessórios imprescindíveis, e nada de usar fones de ouvido, que podem levar à distração.
"O condutor da bicicleta deve transitar pelas ciclovias, quando existentes. Caso não tenha o espaço dedicado às bikes, o correto é se posicionar na borda da faixa das ruas e não pedalar sobre a calçada", orienta o advogado Irineu Ramos.
Para quem gosta de patinetes motorizados, que oferecem velocidade maior, a dica é verificar qual é a regra local em vigor sobre a utilização desses acessórios.
Aos caminhantes, lembrar que o tempo de deslocamento vai ser maior, que os calçados e a roupa devem ser confortáveis e que uma garrafinha de água não pode faltar na bolsa ou na mochila.
Para incentivar você a cuidar mais da saúde e a deixar o carro um pouco de lado, sugerimos alguns produtos.
Veja a lista com algumas ideias:
Bicicleta Anthon - Nathor
Preço: de R$ R$ 2.049,17 por R$ 1.925,10*
Para dar aquele estilo retrô durante as viagens dentro da cidade, a linha Anthon & Antonella possui o quadro de entrada baixa, o que facilita na hora de subir na bike. O produto tem câmbio Shimano Nexus com 3 velocidades, display óptico, cestinha fixa no quadro em alumínio, que não pesa no guidão, e bagageiro em alumínio. O peso máximo recomendado para o uso da bicicleta é de 110 kg, e ela é indicada para pessoas com altura entre 1,50 m e 1,80 m.
Bicicleta aro 700 Urbam - Caloi
Preço: de R$ 1.899 por R$ 1.520,56*
Inspirado na cidade de Amsterdam, a capital das bicicletas, este produto é ideal para mobilidade nas ruas da cidade. Possui bagageiro e paralamas, que oferecem uma certa proteção ao passar por possas d'água ou de lama. A bike tem câmbio Shimano Tourney de 21 velocidades e é indicada para pessoas que pesem até 100 kg e tenham estatura entre 1,60 m e 1,80 m.
Bicicleta Comodo - Blitz
Preço: R$ 2.799*
Com design para facilitar o movimento de subida e descida da bike, o modelo apresenta quadro em alumínio, o que deixa o produto mais resistente e leve. O câmbio vem com 7 velocidades. A bicicleta é indicada para ciclistas com peso até 100 kg. Adequada para todas as idades, de acordo com o fabricante, permite postura ereta e estabilidade no deslocamento.
Bicicleta Eco+ dobrável - Durban
Preço: R$ 2.368,12*
Uma opção interessante para quem quer pedalar com frequência, mas não tem onde deixar a bicicleta enquanto está fora de casa. Essa bike pode ser dobrada e pesa 18,6 kg. De acordo com o fabricante, pode ser fechada em 15 segundos. O produto possui câmbio SunRace M2T de 6 velocidades e é indicado para ciclistas com peso até 95 kg e altura entre 1,40 m e 1,90 m.
Bicicleta Style - Blitz
Preço: R$ 1.390*
Inspirado nas clássicas bicicletas usadas no tempo de nossos pais ou avós, o produto possui quadro com design baixo, o que facilita na hora de subir ou descer da bike. Vem com câmbio Shimano Tourney de 6 velocidades. É indicado para pessoas com altura a partir de 1,55 m até o máximo de 1,80 m. O ciclista deve ter peso de até 120 kg. Freios V-brake em alumínio.
Bicicleta Track Bikes - Thunder II
Preço: R$ 699*
Produto indicado pela Amazon, possui câmbio Track Index de 18 velocidades. As rodas são de alumínio, o que reduz o peso da bicicleta e facilita o pedalar e o transporte. O fabricante recomenda que seja usado por ciclistas com altura a partir de 1,50 m e que pesem até 100 kg. A bicicleta pesa 13 kg e tem sistema de freios dianteiro e traseiro do tipo V-brake.
Uma dica: costuma fazer compras online? Assinar o Amazon Prime pode ser uma boa alternativa. Com primeiro mês de teste gratuito e depois por apenas R$ 9,90, você tem entrega grátis e rápida para diversas compras em qualquer lugar do Brasil.
* Os preços e a lista foram checados no dia 21 de setembro de 2021 para atualizar esta matéria. Pode ser que eles variem com o tempo.
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