Vacinas como a CoronaVac reduzem em 88% o risco de covid grave, diz estudo
Com o avanço da variante delta na China, pesquisadores do país realizaram um estudo, ainda sem revisão por pares, para avaliar a eficácia de vacinas de vírus inativado, como a CoronaVac, no "mundo real". O resultado mostrou que o imunizante tem alta eficácia contra casos graves de covid-19.
No estudo, publicado na plataforma voltada a pré-prints MedRxiv, foram analisados 476 casos confirmados com a variante delta e que haviam sido internados nas enfermarias de isolamento do Centro Médico de Saúde Pública de Nanquim, entre os meses de junho e julho de 2021.
A China utiliza duas vacinas com vírus inativado: a CoronaVac, da Sinovac feita em parceria com o Instituto Butantan, e o imunizante do laboratório Sinopharm.
Como o estudo foi feito e quais foram os principais resultados
Entre os 476 pacientes hospitalizados, 42 (8,8%) eram casos graves. Todos eles apresentavam comorbidades, incluindo hipertensão (35,7%), diabetes (19%), doença cardíaca (11,9%) e doença pulmonar obstrutiva crônica (4,76%).
Entre os 42 pacientes casos graves, 27 (64,3%) não haviam sido vacinados, 13 (30,95%) haviam recebido somente uma dose da vacina de vírus inativado, e apenas dois (4,76%) haviam sido totalmente vacinados com o imunizante.
Os pacientes que receberam duas doses da vacina inativada, ou seja, totalmente vacinados, apresentaram um risco 88% reduzido de progredir para o estágio grave da doença.
No entanto, esse efeito protetor não foi observado em pacientes que receberam apenas uma dose da vacina.
Outro achado é que a imunização completa ofereceu 100% de proteção contra doenças graves entre as mulheres.
Por que este estudo é importante
Os resultados reforçam a importância da vacinação para evitar casos graves da doença provocada pelo coronavírus. Também destaca que é fundamental completar o esquema vacinal dos imunizantes.
Além disso, a CoronaVac, por exemplo, é uma vacina utilizada em escala global: uma em cada quatro doses de imunizante contra covid é CoronaVac. Isso representaria atualmente 25,7% da produção total, com cerca de 1,71 bilhão de doses produzidas de janeiro a setembro de 2021.
Na semana, um outro estudo preliminar feito em Manaus mostrou que a CoronaVac foi capaz de proporcionar proteção superior a 90% contra a covid-19 em pessoas com comorbidades, como obesidade, diabetes, pressão alta e imunossupressão.
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