Após câncer, tive fibrose na vagina e não consigo transar. Tem solução?
Resumo da notícia
- Existem procedimentos como fisioterapia ginecológica, dilatadores e cremes vaginais
- Em casos mais extremos, pode ser indicada uma cirurgia para reconstruir a vagina
- O ideal é procurar o ginecologista para que ele indique o melhor tratamento
Após câncer de colo de útero, desenvolvi uma fibrose na vagina e não consigo fazer sexo. Tem solução?
Tem, sim. Há procedimentos que podem melhorar essa condição, como fisioterapia ginecológica, dilatadores e cremes vaginais, principalmente aqueles contendo estrogênios. Em casos mais extremos, pode ser indicada a cirurgia para reconstruir a vagina.
O ato de promover a dilatação da área estreitada leva a uma melhora da elasticidade do tecido. Já o estrogênio tópico melhora a distensão do tecido e a lubrificação da região vaginal. Algumas técnicas mais recentes que utilizam laser e radiofrequência também têm mostrado cada vez mais resultados promissores.
O ideal, neste momento, é você entrar em contato com seu ginecologista para que o profissional possa fazer uma melhor avaliação da fibrose, e assim, indicar o tratamento mais adequado.
Também chamada de estenose, este estreitamento do canal vaginal é bastante comum em mulheres que passam pela radioterapia como tratamento para o câncer de colo de útero, principalmente se elas não realizarem a fisioterapia vaginal pós-terapia. O que acontece é que, conforme o tumor regride, por ação da radioterapia, forma-se a fibrose, que é uma cicatriz, um tecido enrijecido, estreito, de elasticidade diferente do habitual e que não produz secreção lubrificante.
A estenose mantém a vagina encurtada em sua circunferência e profundidade, o que impede a penetração peniana. Também há dificuldade de ocorrer a relação sexual devido ao ressecamento do canal vaginal.
Vale saber que a radioterapia é indicada quando o câncer já está em estágio avançado. Por este e outros motivos que toda mulher precisa estar em dia com os exames ginecológicos. Desta forma, é possível chegar a diagnósticos mais precoces e tratamentos mais efetivos com menores taxas de complicações.
Fontes: Daniel Fernandes, médico cirurgião oncológico e diretor do HCII (Hospital do Câncer II) do Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Rio de Janeiro; Glauco Baiocchi Neto, diretor do Departamento de Ginecologia Oncológica do Hospital AC Camargo Cancer Center, em São Paulo; Igor Lemos, oncologista do HULW -UFPB (Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba), que faz parte da Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Selso José Rodrigues Melo, cirurgião oncológico do Hospital Promater RN (Rio Grande do Norte).
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