Khloé Kardashian relata queda de cabelo após covid-19; há tratamento?
Khloé Kardashian contou que está com queda de cabelo após pegar covid-19 no ano passado. O assunto foi tema de uma conversa com os fãs, pelo Twitter, nesta terça-feira (28), segundo a revista People.
"Com covid, meu cabelo realmente caiu", disse na rede social, ao relatar os momentos após ser infectada por covid por volta de março de 2020. A irmã de Kim Kardashian contou ainda que teve diversos sintomas da doença, menos perda de olfato e paladar.
Esses sintomas que aparecem semanas ou até meses depois do quadro de coronavírus fazem parte da chamada covid longa ou persistente. Há diversos sinais que podem surgir, como fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e falta de ar.
Estima-se que a queda de cabelo apareça em 25% dos pacientes com a covid longa, segundo pesquisadores de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia, que analisaram dezenas de estudos sobre o tema com 48 mil pacientes ao todo.
Há pelo menos sete estudos acadêmicos que abordam a ligação entre essa queda de cabelo acentuada e covid-19, mas as causas, a duração e os tratamentos ainda não estão muito claros. Estima-se que a covid longa esteja associada a duas formas de queda de cabelo acentuada já conhecidas da medicina: o eflúvio telógeno e a alopecia areata.
Segundo Paulo Criado, coordenador do departamento de medicina interna da Sociedade Brasileira de Dermatologia, problemas emocionais, doenças infecciosas ou autoimunes podem causar queda de cabelo de diversos tipos.
O mais comum é a queda difusa em todo o couro cabeludo, que é chamada de eflúvio telógeno. Há pacientes com predisposição genética ou doenças autoimunes, por exemplo, que podem apresentar quedas em forma de rodelas, condição conhecida como alopecia areata.
Em geral, pacientes com perda de cabelo relatam que os fios começam a cair em volume bem maior do que o normal em torno de 2 ou 3 meses depois da infecção. E meses depois ele se recupera espontaneamente, sem tratamento.
No caso da alopecia areata, Andrew Messenger, professor honorário de dermatologia da Universidade de Sheffield e presidente do Instituto de Tricologia do Reino Unido, explica que os cientistas ainda têm diversas dúvidas sobre as causas e os mecanismos envolvidos.
Há tratamentos? Quais?
Não há nenhum indicativo até o momento de que os eventuais tratamentos sejam diferentes dos que costumam ser prescritos por médicos contra queda de cabelo comum, a exemplo da alimentação equilibrada.
Primeiro, é importante deixar claro que cabe aos médicos dermatologistas diagnosticar essa condição de saúde e prescrever eventuais tratamentos.
Isso dependerá, por exemplo, do histórico de cada paciente e da dimensão da queda de cabelo em curso. Se ela for leve, transitória, a recuperação deve ser espontânea. Mas algumas pessoas podem apresentar perdas mais significativas, o que exigiria tratamento médico.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta para os riscos de se automedicar, algo que pode afetar a saúde e a aparência da pessoa.
Mas, a depender do comprimento do cabelo, pode levar anos para que o volume volte ao normal. E além disso, essa queda acentuada pode ser recorrente, caso o fator ligado à origem dela retorne.
Dermatologistas podem também solicitar exames para avaliar a presença de doenças ou distúrbios, como anemia, deficiência de ferro ou alteração da tireóide.
O tratamento pode passar por reposição com polivitamínicos ou proteínas para formar queratina no cabelo e nas unhas, terapia com radiação ultravioleta, injeções de corticóide ou medicações que estimulam o crescimento do cabelo, como minoxidil e antralina.
Criado ressalta que "cada caso é um caso", e apenas um diagnóstico médico será capaz de determinar se há tratamento possível e qual deles deve ser adotado e monitorado. E refuta alguns mitos em torno da queda de cabelo.
* Com informações de reportagem publicada no dia 15/03/2021.
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