Covid: 93,5 milhões de brasileiros completam vacinação, 43,86% da população
Já são mais de 93,5 milhões de brasileiros com esquema vacinal completo contra a covid-19. Ao todo, 93.558.913 habitantes do país já tomaram a segunda dose ou a dose única de imunizante contra a doença, o que representa 43,86% da população nacional. Os números foram divulgados hoje, em boletim elaborado pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte e baseado nas informações fornecidas pelas secretarias estaduais de saúde.
O total de doses aplicadas nas últimas 24 horas por todo o país chegou a 441.236, na soma de primeiras, segundas, únicas e de reforço. Neste período, 287.463 pessoas completaram a vacinação contra a covid-19 - destas, 286.166 tomaram a segunda e outras 1.297, a única. Também houve a aplicação de 139.867 primeiras e 13.906 de reforço.
Até agora, 147.457.100 brasileiros receberam a primeira dose, o equivalente a 69,13% da população do país. Houve a aplicação de 1.057.700 doses de reforço no total.
Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Santa Catarina e Tocantins não enviaram dados atualizados sobre a vacinação até o horário de fechamento do boletim do consórcio, às 20h.
Mato Grosso do Sul lidera, em termos percentuais, entre os estados com a maior parcela de habitantes que completaram a vacinação: 58,1% de sua população. São Paulo (57,89%), Rio Grande do Sul (50,17%), Paraná (46,68%) e Espírito Santo (45,17%) vêm a seguir.
São Paulo está à frente quanto à porcentagem da população que já tomou a primeira dose: 79,22% dos habitantes locais. Na sequência, aparecem Rio Grande do Sul (72,05%), Distrito Federal (71,43%), Santa Catarina (70,82%) e Paraná (70,47%).
Mapa da vacinação reflete Brasil desigual
Com 43% da população totalmente imunizada contra a covid-19, o Brasil vê a vacinação avançar com disparidades entre os estados. O resultado é um mapa desigual da imunização no país, segundo mostra análise da reportagem a partir de dados obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
As diferenças são gritantes —no Norte, seis dos sete estados têm as menores coberturas vacinais, enquanto estados do centro-sul surgem à frente com avanço inclusive na aplicação de doses de reforço. O mapeamento espelha desigualdades socioeconômicas regionais.
Para se ter ideia da disparidade, enquanto o Mato Grosso do Sul lidera com 57,53% da população imunizada (ciclo completo), Roraima vacinou 22,4% —uma discrepância de mais de 30 pontos percentuais —, conforme dados do consórcio de veículos de imprensa da última sexta-feira (1º).
A desigualdade no mapa da vacinação é reflexo de condições geográficas e socioeconômicas nos estados —como composição etária da população, dificuldade de acesso a localidades e de acondicionamento dos imunizantes — aliadas a critérios de distribuição de doses adotados pelo Ministério da Saúde.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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