Pai de Angélica sofreu um AVC; entenda as causas e como prevenir a doença
O pai de Angélica, Francisco Ksyvicks, mais conhecido como Chico, sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) no último sábado (9). A situação foi comentada pelo marido da apresentadora, Luciano Huck, durante o último "Domingão". Desde então, ele segue internado.
Pelo Instagram, além de agradecer aos amigos e fãs pelas orações, Angélica também afirmou que o pai está "lutando". "Desde sábado estamos vivendo momentos de angústia com a saúde do meu pai que sofreu um AVC, porém temos fé em cada pequeno gesto".
O que é um AVC?
O AVC (Acidente Vascular Cerebral), de forma geral, é a morte de células do cérebro, que acontece pela interrupção do fluxo sanguíneo no órgão. Essa falta de circulação do sangue pode ocorrer de duas maneiras:
AVC hemorrágico: quando um vaso sanguíneo ou artéria se rompe, causando vazamento do sangue na região e interrompendo o fluxo sanguíneo apropriado.
AVC isquêmico: pode acontecer quando há o entupimento de um vaso sanguíneo, devido ao acúmulo de placas de gordura em suas paredes. Ou então quando um coágulo migra para um vaso sanguíneo cerebral e limita o fluxo de sangue, o que vai "matando" as células que não recebem nutrição.
Sintomas
Os sintomas são iguais para homens e mulheres. Alterações motoras súbitas, como fraqueza muscular, incoordenação ou incapacidade de movimentar uma parte do corpo —geralmente braço e perna de um lado só do corpo —, e dormência na face, braço ou perna estão entre os sinais mais marcantes da doença.
O paciente ainda pode apresentar dificuldade na fala, conversando de forma devagar e confusa. Alterações sensitivas, como cegueira, mudanças nos níveis de consciência, sonolência e confusão mental também aparecem. São registradas ainda queixas de dor de cabeça repentina, aumento de pressão intracraniana e náuseas e vômitos.
Causas e fatores de risco
Existem fatores de riscos modificáveis, como pressão alta, diabetes, colesterol alto, tabagismo, uso de drogas, obesidade, sedentarismo e estresse. Mas há causas que não temos controle, como idade (o problema é mais comum em idosos) e gênero (a doença acomete mais homens).
Além disso, fatores genéticos aumentam o risco de AVC, e nesse caso é importante ficar alerta tanto para o histórico familiar de derrame como de outras doenças que elevam as chances de derrame, por exemplo, as já citadas diabetes e hipertensão.
Tratamentos
Assim que o AVC ocorre é preciso correr para o hospital. "Tempo é fundamental, quanto mais rápido o atendimento, agilidade e eficiência na admissão e execução dos exames, mais cérebros conseguimos salvar e proteger", contou Fabiano Ruoso, neurocirurgião do ICC (Instituto do Cérebro e Coluna Vertebral) de Gramado (RS).
Em caso de AVC isquêmico, é importante devolver o fluxo de sangue para a região afetada, tentando salvar cada vez mais tecido cerebral. Se o vaso sanguíneo estiver entupido com um coágulo, também pode ser indicado fazer uma trombectomia, quando o médico consegue aspirar esse coágulo e liberar a passagem de sangue.
Em casos hemorrágicos pode ser necessário fazer uma cirurgia descompressiva, que é quando se tira a calota craniana temporariamente para deixar o cérebro expandir e não causar mais lesões ao paciente.
Após o atendimento inicial, os pacientes precisam ser avaliados individualmente para saber quais áreas do organismo foram afetadas e encontrar os melhores caminhos de reabilitação.
Como evitar
A melhor forma de driblar um derrame é evitar os fatores de risco modificáveis. "Mas você pode ter um AVC mesmo assim. Porém, é importante deixar claro que em cerca de 80% dos casos a pessoa poderia ter feito algo para mudar o desfecho. Você precisa fazer atividade física, controlar seu peso, gordura abdominal e a pressão arterial, reduzir o colesterol, não abusar do álcool, evitar o estresse, não fumar e fazer acompanhamento médico", diz Letícia Januzi, neurologista vascular do Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas.
*Com informações de reportagem publicada "Tudo sobre AVC".
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