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Estudo: parar de fumar antes dos 45 reduz 87% do risco de câncer de pulmão

VioletaStoimenova/iStock
Imagem: VioletaStoimenova/iStock

Do VivaBem, em São Paulo

27/10/2021 11h34

Evidências científicas já mostraram que, depois de abandonar o cigarro, o risco de cânceres relacionados ao hábito cai substancialmente com o tempo, mas agora, um estudo publicado no periódico JAMA Oncology mostra que quem deixa de fumar antes dos 45 anos pode quase eliminar o risco excessivo de morrer de câncer de pulmão ou outros tipos de câncer.

Como o estudo foi feito

  • O estudo analisou dados de mais de 410.000 pessoas que participaram de pesquisa nacional de saúde em andamento entre 1997 e 2014 nos Estados Unidos.
  • Cerca de 10.000 participantes morreram de câncer durante o período do estudo.
  • Os resultados mostram que, em média, os fumantes tinham três vezes mais probabilidade de morrer de câncer --na maioria das vezes de câncer de pulmão-- em comparação com pessoas que nunca fumaram.

O risco, entretanto, dependia da idade — quando começaram e pararam. Quanto mais jovens adquiriram o hábito de fumar, maior o risco de morrer de câncer. Entre aqueles que começaram antes dos 18 anos, a probabilidade de morrer da doença aumentou pelo menos três vezes.

Para aqueles começaram a fumar antes dos 10 anos, o risco de morte por câncer quadruplicou em comparação aos não fumantes ao longo da vida. O melhor para quem faz parte desse grupo, analisa Blake Thomson, principal pesquisador do estudo, é parar o quanto antes.

Isso porque, de acordo com a estimativa dos cientistas, os fumantes que pararam de fumar antes dos 35 anos eliminaram o risco excessivo de morrer de câncer. Já aqueles que pararam antes dos 45 anos reduziram a probabilidade excessiva em 87%.

As perspectivas também foram boas para os fumantes que pararam de fumar mais tarde. Se conseguissem interromper o hábito entre as idades de 45 e 54, seu risco excessivo seria reduzido em 78%. Já se parassem entre as idades de 55 e 64, o risco cairia para 56%.

"A mensagem é que nunca é muito cedo nem muito tarde para parar", disse David Tom Cooke, porta-voz voluntário da American Lung Association.