Vacinação garante mais proteção que imunidade natural, mostra estudo do CDC
Um estudo publicado ontem (29) pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) sugere que a vacinação garante uma proteção mais forte e confiável contra o coronavírus do que a imunidade natural, adquirida por quem já teve covid-19.
Segundo a pesquisa, o risco de uma pessoa que já foi infectada pelo vírus e não tomou vacina desenvolver a covid-19 é cinco vezes maior do que o de alguém que recebeu as duas doses da vacina da Pfizer ou da Moderna e nunca contraiu o coronavírus.
"Agora, temos evidências adicionais que reafirmam a importância de você tomar a vacina contra a covid-19 mesmo se já teve uma infecção anterior", disse Rochelle P. Walensky, diretora do CDC, em um comunicado que acompanhou a divulgação do trabalho científico.
Apesar de a vacinação estimular que o organismo produza mais anticorpos e garanta maior proteção contra a covid-19, o estudo identificou que a imunização natural estimula a produção de anticorpos mais diversificados, o que é positivo contra variantes do coronavírus. Mas, obviamente, uma coisa não anula a outra e quem já teve covid-19 vai estar ainda mais protegido se tomar a vacina.
Como o estudo foi feito
- A pesquisa analisou 7.348 pacientes com mais de 18 anos, que buscaram atendimento com sintomas semelhantes ao do coronavírus entre janeiro e setembro de 2021 e que já haviam feito ao menos um teste de covid-19 num intervalo de 90 dias ou mais antes da hospitalização.
- 6.328 pacientes hospitalizados nunca tiveram uma infecção anterior e estavam totalmente vacinados (receberam duas doses) com os imunizantes da Pfizer ou da Moderna. Desses, 324 (5,1%) tiveram resultado positivo para a covid-19 na hospitalização;
- 1.020 pessoas com imunidade natural e não vacinadas foram hospitalizadas. Entre elas, 89 (8,7%) estavam com covid-19;
- A pesquisa concluiu que o risco de alguém com imunidade natural contrair covid-19 foi 5,4 vezes maior, em comparação aos vacinados.
Os cientistas, no entanto, alertaram que a falta de alguns dados e até os vieses (interesses) dos pacientes podem comprometer os resultados do estudo. Algumas pessoas vacinadas, por exemplo, podem ter sido infectadas anteriormente pelo coronavírus (o que traria um reforço ainda maior para a imunidade), mas não sabiam por não terem sido testadas na época.
Os pesquisadores reforçam também que outros estudos chegaram a conclusões contraditórias e não conseguiram mostrar que pessoas vacinadas têm proteção maior do que as que adquiriram imunidade natural.
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