Andar de bike ajudou Márcio a perder 17 kg: 'Pedalar me dá prazer e saúde'
Márcio Emanuel Ugolino, 42, engordou 15 kg durante o doutorado, período em que teve crises de estresse e ficou sedentário. Ao concluir os estudos, o professor universitário de João Pessoa (PB) voltou para academia, fez ajustes na alimentação e começou a pedalar quatro vezes por semana. A seguir, ele conta como emagreceu e ganhou saúde:
"Nunca fui magro, desde criança até a vida adulta, sempre tive o corpo mais 'fortinho'. Não era adepto a dietas e minha estratégia para poder comer bastante e ainda assim manter meu peso perto dos de 90 kg era praticar atividade física. Ou seja, ao mesmo tempo que consumia muitas calorias comendo o que gostava, gastava 'tudo' fazendo exercício. Ia para a academia de duas a três vezes por semana e jogava futebol com meus amigos aos sábados.
Além disso, seguia uma 'regra' que era comer comida natural durante a semana, isto é, arroz, feijão, carne, legumes e um pouco de salada. Como conseguia almoçar de segunda à sexta em casa, não tinha dificuldade para manter essa estratégia e deixava as besteiras só para o sábado e domingo, quando consumia batata frita, fast-food, pizza, refrigerante...
Meu estilo de vida piorou bastante quando comecei o meu doutorado. Morava em João Pessoa, mas aluguei um apartamento em Natal (RN), onde passava a semana para assistir às aulas e só voltava para casa na sexta. Isso bagunçou completamente minha rotina. Fiquei completamente sedentário, parei todas as atividades físicas.
A regra do comer mais regrado na semana e as besteiras só no fim de semana deixou de existir. Passava o dia todo no laboratório da universidade, se desse tempo saía para almoçar em um restaurante self-service, se não desse, ia na cantina e pegava lanche, salgados, refrigerante.
Meu nível de estresse aumentou muito com as cobranças, responsabilidades e o medo de falhar no doutorado. Descontava a tensão na comida e consumia salgadinhos, bolacha e um monte de guloseimas como forma de controlar as emoções. Com isso, comecei a acumular gordura e perder músculos, já que estava sedentário. Em cinco anos, engordei 15 kg, chegando a 105,5 kg.
O corpo sentiu os efeitos da obesidade: fiquei com pressão alta e perdi a disposição física. Vivia cansado e tinha dificuldades para dormir. Mas sabia que aquilo era uma fase e meu único pensamento era: 'Quando terminar o doutorado, minha vida voltará ao normal'. E foi o que aconteceu.
Meu processo de readquirir bons hábitos teve início em 2018. Voltei a ir para a academia três vezes por semana e a jogar futebol aos sábados. Esse retorno foi desafiador, cansava com muita facilidade nos exercícios aeróbicos. Antes eu fazia 7 km de esteira, mas passei a fazer 3 km e ainda ficava morrendo.
Sofri bastante bullying dos meus amigos no futebol. Eu não aguentava mais correr e os caras reclamavam que eu perdia a bola, zoavam dizendo que não me queriam no time deles e que eu estava parecendo uma bolacha. Levava na esportiva. Na verdade, isso me motivou ainda mais a treinar sério para voltar a ter um bom desempenho físico e emagrecer.
Também fiz ajustes na alimentação. Comprei uma balança para pesar minha comida e não exagerar nas refeições. Aumentei o consumo de verduras, legumes e frutas e reduzi o consumo de massas, refrigerante, bolachas, frituras. No fim de semana, eu me permitia comer alguma 'besteira', se sentisse vontade. Também troquei o açúcar refinado pelo adoçante. Voltei a ter horário para comer, minha primeira refeição era às 7h30, com o café da manhã, e a última às 19h, com o jantar.
Com essas mudanças, perdi 9 kg no primeiro ano de processo. Aí, entramos em 2020 e chegou a pandemia do coronavírus. As academias fecharam e procurei uma alternativa para não ficar parado novamente e perder tudo o que tinha conquistado. Comprei uma bicicleta e comecei a pedalar 20 km sozinho, na orla da praia, quatro vezes por semana.
Logo peguei gosto pela bike! Com o tempo, fui aumentando o trajeto e me arriscando por outros caminhos. Dois primos se juntaram a mim e passamos a fazer trilhas. Conhecemos lugares lindos: praias, rios e falésias. Em oito meses nessa rotina de pedal, perdi mais 8 kg, totalizando 17 kg a menos e atingindo 88 kg.
Agora, voltei para o peso que sempre mantive ao longo da vida adulta, 90 kg, mas me sinto com muito mais disposição e bem-estar. Comecei percorrendo 20 km e hoje chego a fazer 85 km de bike.
O que mais valeu para mim nesse processo foi a paixão que criei pelo moutain bike. Quando se quer emagrecer, o pensamento automático da maioria das pessoas, assim como foi o meu, é ir para academia —nada contra e isso realmente me ajudou. Mas é importante saber que há muitas outras atividades que, para algumas pessoas, podem ser muito mais prazerosas, como pedalar, correr, nadar, jogar futebol.
Antes, eu ia para academia fazer exercícios por obrigação, para perder peso. Hoje, eu pedalo pelo contato com a natureza e pelo prazer. A relação com o exercício mudou e a saúde e o emagrecimento vieram como consequência."
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