O que significam as diferentes cores do sangue durante a menstruação?
Resumo da notícia
- Geralmente, as cores mais presentes são: vermelho vivo, vermelho-escuro, marrom-claro ou marrom-escuro
- Diversos fatores podem explicar a mudança na coloração do sangue, entre eles o contato do fluido com o oxigênio
- Além disso, o tempo que o sangue leva para sair do útero e chegar à vagina também pode alterar a cor
Alguns fatores explicam as variações de cores do sangue da menstruação, que pode ser vermelho vivo, bordô, marrom-claro ou escuro (semelhante à borra de café). O primeiro deles é o contato do sangue com o oxigênio, que corre durante o caminho do líquido do endométrio à exteriorização na vagina. A reação entre o sangue e o oxigênio faz com que a água evapore, tornando a pigmentação mais concentrada e fazendo com que a menstruação fique mais escura.
Outro fator é o tempo que o sangue leva para sair. Como a menstruação nada mais é do que a descamação do endométrio, ela é a saída de múltiplas células deste tecido misturadas no sangue. Por isso, primeiro o sangue do início da menstruação costuma vir marrom, pois primeiro saem as células mais velhas. Depois, vem a secreção vermelho vivo, em maior quantidade, pois a maior parte do endométrio descamando faz com que alguns vasos sanguíneos do músculo uterino fiquem abertos e sangrem.
Com a coagulação (parada do sangramento) desses vasos, a cor volta a ficar amarronzada, pois é o final daquela descamação, já mais envelhecida novamente. Após o final da menstruação, pode vir uma secreção mais amarelada e, depois, mais transparente ou leitosa, o que significa que a camada interna do útero está se refazendo com as células de reparo, que produzem mucos com esta coloração mais clara.
É importante cada mulher conhecer seu padrão menstrual, assim fica mais fácil identificar se algo não está de acordo com o habitual, como sangramentos irregulares e com colorações "estranhas", como cinza, rosa e laranja (que podem significar alguma alteração hormonal, infecções ou mesmo lesões pré-cancerígenas de endométrio ou colo de útero). Caso perceba algo fora do comum, entre em contato com seu ginecologista para fazer exames e entender o que está acontecendo.
Fontes: Hugo Marcus Aguiar de Melo Rodrigues, médico ginecologista e obstetra no Hospital e Maternidade Promater, em Natal e professor do Departamento de Tocoginecologia da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte); Ricardo Andrade Freire, médico ginecologista e coordenador da maternidade do Hospital Estadual Vila Alpina, em São Paulo; Rui Gilberto, médico ginecologista, obstetra e professor da Faculdade de Medicina da UFG (Universidade Federal de Goiás), vinculado ao Instituto da Mulher do Hospital das Clínicas de Goiás; Tarsila Gasparotto, médica ginecologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
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