Agência europeia aprova vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) aprovou o uso da vacina da Pfizer contra a covid-19 para crianças com idades entre 5 e 11 anos.
A medida abre caminho para que esse grupo etário seja vacinado contra a doença, num momento em que a Europa luta contra um aumento de infecções pelo novo coronavírus.
Em comunicado divulgado em seu site, a EMA informou que um painel de especialistas "recomendou ampliar a indicação da vacina Comirnaty para incluir as crianças de entre 5 e 11 anos", citando o nome comercial do imunizante.
A agência ressaltou que a dose para as crianças será inferior à utilizada em pessoas com 12 anos ou mais. O intervalo entre as duas doses deverá ser de três semanas.
Os Estados Unidos autorizaram no mês passado que a vacina seja aplicada em crianças. A Pfizer também pediu autorização para que o imunizante possa ser aplicado em pessoas desta faixa etária no Brasil, mas ainda não houve uma decisão por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Segundo a farmacêutica, a vacina é segura para crianças e apresentou eficácia de quase 91% na prevenção de infecções sintomáticas.
Aumento de casos na Europa
Diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom informou ontem que mais de 60% dos casos e mortes de covid-19 registrados na última semana foram reportados na Europa.
O Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), uma agência da União Europeia, alertou em comunicado ontem para o risco "muito elevado" da covid-19 atualmente na região, "a menos que medidas de saúde pública sejam aplicadas com urgência". A Áustria, por exemplo, adotou um novo lockdown.
O ECDC alerta que ainda há grupos populacionais e faixas etárias nos quais a cobertura vacinal está abaixo do desejado, mesmo em países com boa cobertura vacinal em geral.
Atualmente, menos de 70% da população geral da UE foi completamente vacinada, o que dá "amplo espaço para o vírus se disseminar", alerta o centro.
* Com AFP e Estadão Conteudo
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